Decreto elimina a exigência de legalização de documentos estrangeiros

A importância da promulgação da Convenção da Apostila no Brasil é facilitar e agilizar o trâmite de documentos estrangeiros, ressalta Beto Vasconcelos

Foi publicado nesta segunda-feira (01/02) o Decreto nº 8.660 que promulga a Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros.

A Convenção da Haia da Apostila, como é chamada, prevê a produção dos seus efeitos oito meses após a data da adesão do Brasil, ocorrida em dezembro de 2015. Durante esse período é facultado aos Estados-Partes, atualmente 108, manifestarem objeção ao ingresso brasileiro. Nesse caso, o uso da Apostila com os países que se opuserem só acorrerá quando houver concordância desses. Na prática, os brasileiros e estrangeiros que precisem se valer da Convenção deverão poder fazê-lo a partir de agosto de 2016.

“A importância da promulgação da Convenção da Apostila no Brasil é facilitar e agilizar o trâmite de documentos estrangeiros, minimizando custos a todos os cidadãos e empresas que necessitem fazer valer seus direitos e dependam de uma medida no exterior ou que precisem exercer direitos no Brasil por meio desses documentos”, ressalta o secretário nacional de Justiça, Beto Vasconcelos.

Atualmente, para que tenham validade no exterior, os documentos brasileiros devem ser submetidos a processo de legalização em cadeia, o que exige uma série de providências burocráticas, em várias etapas e em diferentes instâncias, como a legalização pelo Ministério das Relações Exteriores e pela Embaixada ou Consulado do país no qual se queira que o documento gere efeitos, ocorrendo o mesmo com os documentos públicos estrangeiros, que devem ser validados na embaixada ou consulado brasileiro.

Redução de custos

O procedimento em vigor exige que os cidadãos e as empresas gastem muito tempo e dinheiro para validarem documentos como certidões de nascimento e de óbito, diplomas escolares, procurações, declarações e certificados públicos para utilização no exterior. O processo para um único documento chega a custar R$ 1,5 mil ou mais, somados às despesas com correios, tradução juramentada, reconhecimento de firma, contratação de despachantes e comparecimento à capital federal. Para as empresas, além das despesas, a elevação dos custos operacionais é gerada pelo alto tempo de processamento, o que pode afetar a competitividade no mercado internacional.

Segundo dados do Ministério das Relações Exteriores, somente em 2014, cerca de 570 mil documentos brasileiros foram submetidos ao trâmite de legalização no exterior. Esse número tende a aumentar com o incremento das transações de comércio internacional e do fluxo de pessoas que trabalham, estudam ou vivem em outros países.

Ao adotar a chamada legalização única, possibilitada pela Convenção da Haia da Apostila, o país permitirá que um documento público nacional seja reconhecido por todos os países em que a Convenção esteja em vigor. Esse processo possibilitará uma significativa redução de tempo e custos aos cidadãos e empresas nacionais, assim como aos estrangeiros em relação ao Brasil.

Os ministérios da Justiça e das Relações Exteriores estiveram envolvidos com as providências necessárias para a adesão e a promulgação da Convenção, tanto antes quanto depois da sua tramitação no Congresso Nacional. Nesse processo, receberam aportes de diversos outros parceiros, como o Ministério da Educação, a Secretaria da Micro e Pequena Empresa e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Na reta final, também foi preponderante o apoio do Conselho Nacional de Justiça, que se apresenta como possível futuro órgão gestor do sistema que permitirá a emissão das Apostilas por cartórios, segundo o modelo de implementação da Convenção em estudo pelo Governo.

A adesão à Convenção da Apostila faz parte de uma série de medidas que vêm sendo tomadas pelos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores para melhorar a inserção do Brasil no sistema multilateral de cooperação oriundo da Conferência da Haia de Direito Internacional Privado. Além da Apostila, o país já aderiu às Convenções da Haia sobre Sequestro Internacional de Crianças, sobre Adoção Internacional, sobre Acesso à Justiça e sobre a Obtenção de Provas.

Manuais da Haia

Estão disponíveis no website da Conferência da Haia as novas edições dos Manuais Práticos de Operação das Convenções de Citação e de Provas. As publicações podem ser adquiridas pelo público em geral em formato e-book, nos idiomas inglês e francês. Os manuais sintetizam a jurisprudência e comentários sobre a Convenção, bem como o trabalho da Comissão Especial e a prática dos Estados-Partes, incluindo questões relativas ao funcionamento destas frente aos avanços tecnológicos e de informação, ocorridos nos últimos anos.

O Brasil participou ativamente da produção do material, por intermédio da equipe do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) da Secretaria Nacional de Justiça. Tais documentos auxiliam os operadores do Direito na utilização das referidas Convenções. Mais informações sobre a Cooperação Jurídica Internacional podem ser obtidas no portal do Ministério da Justiça.

Fonte: Ministério da Justiça | 01/02/2016.

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AGU orienta UFOB a realizar chamamento público antes de receber doação de terreno

A Advocacia-Geral da União (AGU) orientou a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) a realizar um chamamento público para a doação de área para a instalação definitiva do campus da instituição de ensino em Luís Eduardo Magalhães (BA).

A AGU fez a recomendação após constatar que havia diversos proprietários de terras interessados em fazer a doação do terreno. Dessa forma, a realização das chamadas públicas tem como objetivo garantir a legalidade e a publicidade dos atos administrativos, assim como assegurar a seleção da melhor proposta e a igualdade de oportunidade entre os interessados.

Atualmente, o campus da UFOB no município baiano funciona em um prédio cedido provisoriamente pela prefeitura local. Operando há um ano e meio na cidade, a UFOB oferece dois cursos: Engenharia de Produção e Engenharia de Biotecnologia.

“A ideia é de que novos cursos, tanto de graduação como de pós-graduação, sejam implantados em todas as cidades-sede da UFOB a partir de 2017”, relata Diego Pereira, procurador federal junto à UFOB.

Segundo o advogado público, “as propostas enviadas serão analisadas por uma comissão especial, designada pela reitora da UFOB, onde serão responsáveis por receber a documentação exigida, verificar se as propriedades possuem os requisitos mínimos e avaliar se as áreas atendem aos critérios especificados no edital, por meio de inspeção”.

Edital

O edital do chamamento público foi lançado no último dia 22. Pessoas físicas e jurídicas, consórcios e grupos de empresas e/ou físicas podem se candidatar. A área a ser doada precisa ter pelo menos 50 hectares e estar num raio de até 15 km do centro da cidade.

No documento estão estabelecidos os critérios para a doação dos terrenos para a universidade. Dentre eles, a exigência de estrutura urbana como iluminação pública, rede de abastecimento de água, energia e esgoto; estrada pavimentada, transporte público e calçada para pedestres, além de disponibilidade de sinal de telefonia móvel 3G.

Mais informações no edital, disponível em: http://ufob.edu.br/index.php/a-ufob/documentos/chamamento-publico

Atuou no caso a Procuradoria Federal junto à Universidade (PF/UFOB), unidade da Procuradoria-Geral Federal, órgão da AGU.

Fonte: AGU | 01/02/2016.

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SP: ENTIDADES EXTRAJUDICIAIS VISITAM O NOVO CORREGEDOR GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO

As entidades extrajudiciais representativas de cada especialidade reuniram-se na tarde desta segunda-feira (01.02) com o Corregedor Geral da Justiça do Estado de São Paulo, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças para debater os projetos definidos para os serviços extrajudiciais em 2016. O encontro foi realizado na sede do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Leonardo Munari de Lima, presidente da Associação dos Notários e Registradores do Estado de São Paulo (ANOREG/SP), acompanhado por Demades Mário Castro, primeiro secretário da associação, informou ao corregedor sobre as iniciativas que envolvem todas as especialidades, com destaque para o sistema de Libras recentemente implantado nos cartórios.

“A reunião foi positiva e saímos entusiasmados com a continuação do apoio da Corregedoria para a constante evolução dos serviços notarias e de registro em parceria com as entidades. Essa é mais uma oportunidade para oferecermos melhorias ao sistema cartorário e mantermos o foco no atendimento eficiente ao cidadão”, afirmou o presidente da ANOREG/SP.

Para o corregedor as atividades extrajudiciais estão sendo exercidas baseadas na ética e no compromisso com o cidadão, ação que caminha junto à missão do Tribunal de Justiça. Além disso, o desembargador reforçou a importância da ética profissional e da eficiência como cerne foco central para nortear as ações que participa e apoia.

Também participaram do encontro Ademar Custódio, representando o Sindicato dos Notários e Registradores do Estado de São Paulo (Sinoreg-SP) e a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP); José Carlos Alves, presidente do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil – Seção São Paulo (IEPTB-SP); Carlos Brasil Chaves, presidente do Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo (CNB-SP); Francisco Raymundo, presidente da Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo (ARISP); Paulo Roberto de Carvalho Rêgo, presidente do Instituto de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoas Jurídicas-Brasil (IRTDPJ); e Alfredo Cristiano Carvalho Homem, presidente do Instituto de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoas Jurídicas do Estado de São Paulo (IRTDPJ-SP).

Além de comunicar os projetos em andamento da Arpen-SP e do Sinoreg-SP, Ademar Custódio aproveitou a oportunidade para relembrar o início do aprendizado jurídico ao lado do desembargador. “Dr. Manoel sempre foi uma pessoa excepcional, desde o período em que foi meu professor e também paraninfo da turma. Esperamos manter a parceria com o Tribunal de Justiça e os juízes auxiliares que já conhecemos de longa data. A expectativa para colaboração em ações das entidades de serviço extrajudicial é a melhor possível. Estamos otimistas”.

Da reunião, participaram também os juízes assessores da CGJ-SP Marco Fábio Morsello, Renata Mota Maciel Madeira Dezem, Swarai Cervone de Oliveira e a diretora Simone Bento.

Fonte: Arpen/SP | 02/02/2016.

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