SP: Decisão do STJ impede despejo de famílias em fazenda desapropriada pelo Incra

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu, em decisão publicada hoje (24), a retirada de 81 famílias de trabalhadores rurais sem terra da fazenda Portal do Paraíso, em Gália (SP), que havia sido determinada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3). O Incra foi imitido na posse do imóvel pela 1ª Vara Federal de Marília em outubro de 2012 e autorizou a entrada das famílias na área por medida de segurança, já que elas se encontravam acampadas à beira da estrada.

Mas o proprietário da fazenda entrou com agravo de instrumento em segunda instância, buscando postergar a imissão na posse sob alegação de que os valores pagos a título de indenização no processo de desapropriação não correspondiam à realidade. Assim, em 18 de março deste ano, o TRF3 determinou a retirada das famílias e concedeu prazo de 10 dias para cumprimento da decisão.

O Incra recorreu ao STJ, por meio da Advocacia Geral da União (AGU), alegando que, de acordo com a Lei Complementar 76/93, a chamada "lei do rito sumário", a imissão na posse precede a discussão dos valores em razão da urgência na implementação da reforma agrária prevista na Constituição Federal. O ministro presidente do STJ, Felix Fischer, acatou a argumentação e declarou, em sua decisão, que a retirada das famílias "tem a capacidade de desestabilizar a paz social, podendo comprometer, portanto, a incolumidade física dos agentes envolvidos nesse cenário".

Continuidade

A decisão do STJ pode ser consultada no endereço eletrônico www.stj.jus.br (o número do processo é SLS 1517). Agora, a Superintendência Regional do Incra em São Paulo pode dar continuidade ao processo de criação do assentamento. O órgão aguarda apenas a concessão de licença ambiental pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para dar início ao processo de seleção de famílias a serem assentadas.

Fonte: INCRA. Publicação em 24/05/2013.


TJES contrata Cespe/UnB para realizar concurso

O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) foi contratado para ser a banca organizadora do concurso de notários e oficiais de registro do Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Esta semana, a Comissão do Concurso, comandada pelo desembargador José Paulo Calmon Nogueira da Gama, se reuniu pela primeira vez e definiu que o juiz corregedor Aldary Nunes Júnior será o secretário do certame.

“O próximo passo é a publicação do edital. Mas para que a publicação ocorra é preciso que a comissão examine e aprove o conteúdo do edital”, informou o magistrado Aldary Nunes Júnior, que disse também que minuta do documento normativo já foi solicitada ao Cespe/UnB e deve ser encaminhada aos membros da comissão para análise ainda nesta semana.

Saiba mais

O concurso mais recente do TJES foi em 2011, quando ofertou 30 vagas para juízes substitutos e formação cadastro reserva. A banca organizadora também foi o Cespe/UnB. A remuneração oferecida foi de R$ 19.294,09.

Puderam participar do concurso bacharéis em direito com pelo menos três anos de atividades jurídicas realizadas após a formatura. Os candidatos foram selecionados em cinco etapas, todas realizadas em Vitória. A primeira fase foi composta por prova objetiva seletiva. Já a segunda etapa consistiu de duas provas escritas subjetivas. Os candidatos também foram submetidos à sindicância de vida pregressa e investigação social, exame de sanidade física e mental, exame psicotécnico, além das fases de prova oral e avaliação de título.

Com informações do site do TJES.

Fonte: Blog Papo de Concurseiro. Publicação em 24/05/2013.


Cartórios extrajudiciais da Bahia vão fechar as portas uma semana por mês

A paralisação visa, entre outras coisas, chamar a atenção para a necessidade de concurso para delegatários.

A partir de segunda-feira, os cartórios extrajudiciais da Bahia ficarão fechados, sempre na última semana de cada mês, em protesto organizado pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud). A presidente do sindicato, Maria José Santos da Silva, informou que a paralisação visa, entre outras coisas, chamar a atenção para a necessidade de concurso para delegatários  e que irá acontecer mensalmente até que as demandas sejam resolvidas. Eles pedem ainda pagamento da gratificação por Condições Especiais de Trabalho e aparelhamento dos cartórios.

Os cartórios da Bahia foram privatizados em 2011 , quando foi dada a opção aos servidores titulares optarem por assumir a responsabilidade dos cartórios, tornando-os privados — dos 1.463 do estado, apenas 145 titulares optaram por assumir o serviço em caráter privado. Nos demais, seria necessário realizar concurso para assumir a titularidade.

Enquanto o concurso não é realizado, as unidades funcionam sob gestão do Tribunal de Justiça. De acordo com a previsão do Sinpojud, só em Salvador serão 30 cartórios fechados nas paralisações.  “Todos os cartórios  que não foram privatizados vão aderir à paralisação. No período, apenas o setor de óbito dos cartórios irá funcionar”, destaca Maria José.

Em nota, o Tribunal de Justiça da Bahia informou que desde 2009 encaminhou à Assembleia Legislativa projeto de lei  onde informava a necessidade de realização de concurso público, que ainda não tem previsão de data.  A decisão de paralisar as atividades foi tomada em assembleia dos servidores do Judiciário  no dia 29 de abril.

Fonte: Correio 24horas. Publicação em 24/05/2013.