Novo sistema de gestão fundiária agiliza certificação de imóveis rurais no país

A partir do dia 23 de novembro próximo, a certificação de imóveis rurais no Brasil será feita somente por meio digital. Os dados do imóvel serão lançados em ambiente automatizado, pelo responsável técnico da propriedade diretamente no Sistema de Gestão Fundiária (Sigef). A nova ferramenta de gestão da malha fundiária brasileira foi apresentada pelo presidente do Incra, Carlos Guedes ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, a Francisco Signor, delegado federal do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul e também a analistas,  gestores públicos, oficiais de registro de imóveis, rede de profissionais credenciada dentre outros presentes, nesta quinta-feira (29), na 36ª Expointer, realizada no município de Esteio (RS).

Estamos em um fase de revolucionar todo o processo de segurança jurídica dos imóveis rurais, e dar condições ao Brasil de entrar em um novo momento que caracterizamos como governança responsável da terra”, enfatizou Carlos Guedes.

Guedes destacou que o novo sistema traz agilidade, transparência, segurança e simultaneidade na certificação, além da redução de custos para o produtor rural. Outra vantagem apontada pelo presidente da autarquia é a integração de dados fundiários com outros órgãos públicos para validação do georreferenciamento. O Incra poderá, por exemplo, gerir contratos com entes público como a Secretaria de Patrimônio da União, Funai, Instituto Chico Mendes, institutos de terras dos estados, além da integração com os cartórios de registro de imóveis.

O Sigef foi desenvolvido pela Secretaria de Regularização Fundiária na Amazônia Legal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (Serfal/MDA) em parceria com o Incra. O sistema possui capacidade operacional de análise de 20 mil processos por mês. Com a implementação do Sigef, todos os dados geoespaciais das propriedades rurais brasileiras vão ser integrados em uma base da dados única e de acesso público.

 Thiago Marra, da Serfal, um dos elaboradores do sistema, explica que com o Sigef a gestão das terras brasileiras vai dar um salto de qualidade. “Pela primeira vez vamos ter um sistema com grande capacidade de analise de dados georreferenciados, garantindo segurança das informações com o uso de certificados digitais” destaca. Segundo Marra, dados georreferenciados são informações cartográficas obtidas com o uso de GPS de alta precisão, o que garante fidelidade entre as divisas reais da propriedade e o que está expresso nos mapas.

Na primeira fase de implantação do Sigef serão lançados os dados da regularização fundiária da Amazônia. Posteriormente será dada entrada aos dados dos projetos de assentamento de todo Brasil, visando a regularização fundiária e ambiental desse imóveis. Haverá ainda um período de testes pela rede de profissionais credenciados, para lançamento de dados de imóveis a serem certificados. O sistema entrará em fase de teste, ambientação, capacitação técnica e em produção no dia 23 de novembro.

Por ser automatizado, o Sigef elimina a análise humana sobre o processo, restringindo-a aos casos de sobreposição, auditoria e fiscalização. Quando aprovada, a certificação será emitida automaticamente, já no caso de inconsistências o sistema emitirá uma notificação ao interessado. 

Nova Norma de Georreferenciamento
Ainda na Expointer, 
Carlos Guedes assinou a portaria que homologa a 3ª Norma Técnica de Georreferenciamento de Imóveis Rurais (NTGIR), que foi atualizada e está totalmente voltada para a gestão da certificação por meio digital. Integram à Norma, o Manual Técnico de Limites e Confrontações, que contém orientações sobre como proceder a descrição dos limites dos imóveis rurais, ou seja, o que medir, não considerando o proprietário e sim o bem imóvel; e, o Manual Técnico de Posicionamento que explica sobre como medir o imóvel. 

A 3ª NTGIR possibilita a utilização de novos métodos de posicionamento, utilizando sensoriamento remoto para limites naturais como rios, encostas, montanhas, elimina a obrigatoriedade de implantação de marcos físicos em alguns casos. 

O diretor de Ordenamento Territorial do Incra, Richard Torsiano, explica que a nova norma está adequada às características tecnológicas atuais, será integrada ao Sigef e vai facilitar o trabalho de campo já que permite a identificação dos polígonos do imóvel por imagens de satélite de alta resolução, nas áreas físicas inacessíveis. “Tudo isso representa redução de custos para o produtor”. Se os dados lançados pelo técnico estiverem corretos, imediatamente o sistema gera a planta do imóvel e a sua certificação, que poderá ser levada à registro em Cartório de Registro de Imóveis. 

A norma anterior previa ação diferenciada para a Amazônia Legal. Já a 3ª NTGIR unificará os procedimentos para todo o País. A nova norma atenderá aos profissionais de georreferenciamento, e proprietários de imóveis públicos e privados. A norma também será utilizada pelo programa Terra Legal.

 Cooperação com o Ministério da Agricultura

Carlos Guedes também assinou Acordo de Cooperação Técnica com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que estabelece a integração de dados fundiários do Incra, dentre eles o Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR) e o Acervo Fundiário Digital. Já o Incra, poderá compartilhar os dados agropecuários produzidos pelo Mapa por meio da Plataforma de Gestão Agro.

Certificação

Ainda na sua apresentação, Guedes demostrou que hoje há imóveis certificados em 3.250 municípios no Brasil. A área destes municípios corresponde a 350 milhões de hectares , sendo que 38% desse total ou 132 milhões de hectares, já está certificada. O Valor de Produção Bruta nesses imóveis somam R$ 84 bilhões, ante o VPB de todo o país, que é de R$ 143 bilhões.

Fonte: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária I 29/08/2013.

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Fonte: IRTDPJBrasil.

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Integração de Plataformas marca novos rumos do Registro Civil no Brasil

Sistemas das CRCs, administrados pelos registradores, e do SIRC, construído pelo Governo Federal, serão interligados em ação de inédita de parceria na atividade extrajudicial brasileira.

Foz do Iguaçu (PR) – O início dos trabalhos do segundo dia do Conarci 2013 foi marcado por um momento mais do que emocionante. Após uma vida dedicada ao estudo e ao aprimoramento da atividade registral, o jurista Walter Ceneviva realizou sua despedida oficial de palestras em eventos institucionais. Aplaudido de pé ao final do painel que tratou do tema “Provimento n° 28 – Registro Tardio de Nascimento”, o palestrante se emocionou com o auditório em pé, aplaudindo-o por mais de três minutos.

Acompanhado pelo presidente da Arpen-Brasil, Ricardo Augusto de Leão, pelo vice-presidente do Irpen-PR, Arion Toledo Cavalheiro Júnior, e pelo vice-presidente de Registro Civil da Anoreg-BR, Mario Camargo Carvalho Neto, o professor Ceneviva dissecou a nova regulamentação do CNJ que trata do registro tardio de nascimento realizado diretamente nas serventias extrajudiciais.

Em sua manifestação Ceneviva ressaltou a importância do Provimento “ao buscar formas de soluções eficazes para o grave problema do sub-registro brasileiro, facilitando um procedimento que era de grande dificuldade ao cidadão”. No entanto, ressaltou que “soluções nacionais, mesmo que bem intencionadas, são difíceis de serem aplicadas de forma equânime em todo o Brasil, em virtude das peculiaridades regionais” e “que enxerga uma invasão de competência por parte do CNJ na normatização deste procedimento”. “É preciso estarmos atentos às diversidades regionais, e sabemos que o Provimento precisará ser aperfeiçoado, mas é uma orientação, um caminho a ser seguido pelos registradores”, disse Mario Camargo.

Clique aqui e veja as fotos do Painel 1 do Conarci 2013.

Painel debate integração Governo e Registro Civil

A esperada integração entre as ações promovidas pelas Associações de Registro Civil do Brasil e o Governo Federal foram tema do segundo painel de debates promovido pelo Conarci 2013. Com a presença de representantes dos Ministérios da Previdência Social, Saúde, Justiça, Planejamento e Secretaria de Direitos Humanos, o vice-presidente da Arpen-Brasil e presidente da Associação dos Registradores Civis de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP), Luis Carlos Vendramin Júnior, apresentou o Portal de Serviços Eletrônicos Compartilhados desenvolvido em São Paulo e anunciou a interface de integração do Portal com a plataforma governamental.

“Já temos um ambiente desenvolvido e afeito à atividade registral, onde o registrador civil está sempre presente, praticando atos e realizando comunicações”, disse Vendramin ao apresentar a construção e formatação do Portal da Arpen-SP e os resultados obtidos na implantação de seus diversos módulos, como as Unidades Interligadas, Certidões Eletrônicas, CRC Jud e Correição Onlline. “Vamos tratar agora de integrar o SIRC ao CRC, com os registradores transmitindo seus dados ao governo via centrais estaduais, o que será uma forma mais segura e eficaz para que o Poder Executivo tenha acesso às importantes informações do Registro Civil das quais necessita para elaborar suas políticas públicas”, destacou.

Representante da SEDH no evento, Marco Antonio Juliatto realizou uma digressão de todo o processo de implantação do Compromisso Nacional para a Erradicação do Registro Civil no Brasil, instituído pelo Decreto presidencial 6289/2007. Destacou os resultados já obtidos com a queda nos índices de sub-registro de 20,9% em 2002 para 6,6% em 2010, as condições estruturantes do projeto e os próximos passos.

Ao tratar da instituição do Comitê Gestor Nacional instituído pelo Decreto para tratar das ações do programa de erradicação, Juliatto elencou as 28 instituições públicas e privadas que integram os três Subcomitês, que tratam da mobilização, ampliação da rede e condições estruturantes, sendo este último responsável pela elaboração de projetos como o Código Nacional de Serventias (CNS), a matrícula única, o fortalecimento da Declaração de Nascido Vivo (DNV), as certidões unificadas e o papel de segurança.

“Agora chegou a hora da implantação do SIRC que fará com que os diversos órgãos do governo que recebem as informações dos cartórios deixem de ter procedimentos individualizados e estruturas próprias para controle e recebimento destes atos e passem a busca-los diretamente nesta central”, destacou. “A falta, a incorreção ou as falhas no envio e recebimento destas informações fragilizam as políticas públicas governamentais e causam imensas perdas de receita ao Governo, como os pagamentos de pensões a pessoas que já morreram, com fraudes milionárias aos cofres públicos”, afirmou.

Juliatto destacou que a integração entre o SIRC e o CRC, começando pelo Estado de São Paulo, que realizará reunião especial sobre o tema no próximo dia 6 de junho, na sede da Arpen-SP, é o caminho para que o projeto governamental seja implantado. “São Paulo já está com um sistema maduro e em pleno funcionamento. Receber os dados da CRC será um piloto para ver o projeto sair do papel e entrar na prática do dia a dia do recebimento de informações e, a partir daí, irmos expandido para os demais estados da federação”, afirmou.

Washington Leonardo Guanaes Bonini, representante do Ministério da Justiça no Conarci 2013 falou sobre as mudanças que ocorrerão no projeto do papel de segurança. “O MJ não está satisfeito com o projeto, erramos ao tentarmos impor uma política de cima para baixo com os registradores e, embora a ideia seja excelente para a população e para os próprios cartórios, sua forma de aplicação não foi adequada”, afirmou. “O Certuni não funciona, as entregas não chegam, então vamos mudar e a Arpen-Brasil será parceira firme do Governo Federal em mais este projeto”, completou.

Também se manifestaram Silmar Mattar, do Ministério da Previdência Social, Nicolas Romero, da SEDH, e as representantes do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e do Dataprev. “A Arpen-Brasil apoia o projeto SIRC e faremos tudo o que estiver a nosso alcance para que o projeto der certo, mas é preciso que se crie a sustentabilidade nos Estados onde ela ainda não existe, pois sem este passo inicial o projeto não encontrará lastro de funcionamento por falta de condições práticas à sua implementação”, disse o presidente da entidade, Ricardo Augusto de Leão.

Palestras Jurídicas marcam o período da tarde

 

Após o almoço os participantes do Conarci 2013 iniciaram os debates em torno dos aspectos técnicos da atividade. No terceiro painel do evento, o professor de Direito Civil da Universidade de São Paulo (USP), José Fernando Simão, esteve ao lado da registradora amazonense, Juliana Follmer, do assessor jurídico da Arpen-Brasil, Fernando Abreu Costa Júnior, e da advogada Carla Concepción Zanella Kantek, para debater o tema da União Estável e do Casamento Homoafetivo.

Durante o painel foram debatidas questões sobre o poder do Judiciário em regulamentar os casamentos, executando a função de legislar que caberia ao Congresso Nacional, as dificuldades da sociedade em lidar com as minorias e o preconceito histórico que marca a sociedade brasileira. “O Brasil sempre teve dificuldade em lidar com as minorias e não é diferente no caso do homossexualismo”, disse Simão. “Ainda mais com as rápidas mudanças que estão ocorrendo na sociedade, e a regulamentação do CNJ veio no sentido de suprir uma ausência de diretivas por parte do Congresso Nacional, pois ao Judiciário cabem a resolução dos conflitos que chegam a ele, regulamentando nacionalmente questões que já vinham sendo disciplinadas nos Estados”, afirmou.

O desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ-RS), Décio Erpen, o advogado Rafael Maffini, e os presidentes do Sindicato dos Registradores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul e vice-presidente da Arpen-Brasil, Calixto Wenzel, e da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Rio Grande do Sul (Arpen-RS), Joana Malheiros, conduziram o quarto painel do evento onde trataram das “Generalidades do Serviço Registral e de sua natureza jurídica”. Inicialmente coube ao desembargador tratar das peculiaridades do serviço registral, como a questão da territorialidade, competências e forma de atuação, para depois destacar a implantação das Centrais de Registro de Veículos Automotores no Estado, os CRVAs.

Em seguida, o advogado Rafael Maffini tratou das especificidades da atividade extrajudicial, abordando as características híbridas da atividade e os conflitos em razão das ações nacionais adotadas pelo CNJ diante das autonomias federativas e administrativas e financeiras dos Tribunais de Justiça dos Estados. Em seguida passou a dissecar as características específicas da atividade, como a função estatal, próprias do Poder Público, exercida em caráter privado, delegação de natureza não contratual, sujeição ao regime jurídico-legal, delegação em favor da pessoa natural, investidura por concurso público, fiscalização do Poder Judiciário e características dos emolumentos.

Fechando o Conarci 2013, a advogada Carla Concepción Zanella Kantek voltou ao palco para debater o tema da “Resolução n° 155 do CNJ sobre nascimento e casamento no estrangeiro”, com o advogado Marcos Augusto Maliska, e o presidente da Arpen-Brasil, Ricardo Augusto de Leão. “O direito surge da necessidade e esta normatização do CNJ a respeito das transcrições de nascimento e casamento no estrangeiro trouxe maior eficácia e agilização ao procedimento dos cartórios, normatizando a sistematização destes processos em todo o País”, disse Maliska.

Encerrando o Conarci 2013, os participantes do evento participaram de um elegante Jantar e de Confraternização para depois se divertirem ao som da Banda Flor da Pele, em uma festa que invadiu a madrugada.

Fonte : Assessoria de Imprensa da ARPEN/SP. Publicação em 28/05/2013.