FESTA E LUTO – Por Amilton Alvares


*Amilton Alvares

Li uma crônica interessante sobre casamento e funeral. Quem já morou na periferia de São Paulo, como eu, bem sabe que a festa no bairro tem certas características. No casamento, pétalas de rosas, traje a rigor prá lá de pomposo do noivo, alvoroço de gente simples e alegre, transeuntes curiosos que se aproximam quase a ponto de participar do cenário de fotos, tudo a testemunhar a felicidade de um fim de tarde de um sábado paulistano. Na mesma crônica, o Autor descreveu o cenário de uma missa: “No crepúsculo fúnebre, os curiosos não paravam para observar beijos discretos e compassivos num rosto masculino devastado pelo pesar. Enquanto observava o rosto abatido do jovem viúvo diante de uma fotografia da finada, isso me fez pensar na permanência, e não no fracasso do amor. Ali, sozinho, padecia um homem apaixonado” E concluiu o Autor: “Eu era apenas um intruso curioso nessa missa fúnebre. Depois de sair da igreja, andei a esmo, com o estado de espírito tão diferente do passeante que se distraíra bestamente com as pétalas e gargalhadas de um outro sábado”. Vale a pena ler a crônica de Milton Hatoum publicada no Estadão, sob o título “Um casamento e a missa”.

O contraste relatado é típico da jornada da vida. Comum é a reação, assim como a perplexidade, que tomam conta das nossas mentes, especialmente na hora da morte. De fato, ninguém está inteiramente preparado para enfrentar a morte. Todos nós queremos distância dessa sinistra invasora de lares e destruidora de famílias, que também invade a nossa família e as casas de nossos amigos. Mas não adianta espernear. Não tem jeito não! Por isso é bom ter em conta que quem não tem informação da Bíblia está perdendo informação no mundo.  Veja comigo o texto de Eclesiastes 7:2: “É melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma casa em festa, pois a morte é o destino de todos; os vivos devem levar isso a sério”.  O quadro da morte é triste; e também é certo que ninguém vai escapar dela. O famoso Padre Antonio Vieira já dizia que não há tributo mais pesado do que a morte, no entanto todos o pagam e dele ninguém reclama, porque é tributo de todos.  Mas que proveito tenho eu em conhecer o texto do Eclesiastes?

Jesus de Nazaré ensinou que não devemos andar ansiosos por coisa alguma – “Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?” (Mateus 6: 27). Ele já venceu a morte e pode nos dar a segurança de que o funeral não vai ser o ponto final de uma vida. Ele promete vida eterna a quem nele crê e confessa o seu nome como Salvador (João 3:16-18). E com Cristo eu posso me deleitar com as festas desta vida e não me apavorar com o luto. No funeral, Deus me mostra qual é o destino de todos os homens. É bom não esquecer. Mas eu posso ter esperança. Porque eu sei que posso atravessar o vale da sombra da morte e alcançar uma nova alvorada, na eternidade com Deus; basta segurar na mão de Jesus de Nazaré, o único que tem o poder de colocar pecadores arrependidos do lado de dentro do céu. E não haverá necessidade de triagem na portaria. Se Pedro estiver na porta ele também vai contar que chegou lá pela mão do Salvador (Atos 2:14-24). Tem razão o cronista – Permanece o amor; o amor de Jesus de Nazaré, que fortalece nossos corações com a esperança. O amor daquele que deu a vida por seus amigos (João 15:13).

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* O autor é Procurador da República aposentado, Oficial do 2º Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de São José dos Campos/SP, colaborador do Portal do Registro de Imóveis (www.PORTALdoRI.com.br) e colunista do Boletim Eletrônico, diário e gratuito, do Portal do RI.

Como citar este artigo: ALVARES, Amilton. FESTA E LUTO.  Boletim Eletrônico do Portal do RI nº. 087/2015, de 13/05/2015. Disponível em https://www.portaldori.com.br/2015/05/13/festa-e-luto-por-amilton-alvares/

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Deus dos desgraçados – 2ª Parte – Por Amilton Alvares


*Amilton Alvares

Talvez você se recuse a fazer parte da turma de desgraçados. Porque a expressão de Castro Alves é forte demais.

Na rua, já ouvimos muitos xingamentos, palavras horríveis. Não importa o peso e o tamanho da imprecação. Quem poderá escolher a carapuça que mais se ajusta a cada um? Apresente-se diante de Deus.  Você vai se surpreender. Ele não vai xingar você. Porque Deus acolhe os pecadores do jeito que eles são. Porque Ele é salvador de pessoas defeituosas, desgraçados, ignorantes, pecadores e perdidos em geral, que não podem alcançar aprovação diante da santidade do Senhor. O poema de Castro Alves serve então para me chamar à realidade e fixar a baliza: “Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura… se é verdade. Tanto horror perante os céus?! (O Navio Negreiro).

Deus não é o pai do mal. O mal, no planeta, é causado pela ação de pecadores, que seguem descompensando tudo, vidas e natureza. E no navio de escravos a caminho do Inferno somos todos desgraçados. Se Deus tirar a sua mão ninguém se salvará. Somos prisioneiros das nossas próprias qualidades negativas e deformidades de caráter – somos gananciosos, depravados, cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia; bisbilhoteiros, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes, presunçosos; inventamos maneiras de praticar o mal, somos insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis. Complete a lista em Romanos 1:26-32. Por isso precisamos do nosso Salvador, o Deus dos desgraçados, que se fez maldição na cruz do calvário, foi desprezado e rejeitado, tomou sobre si as nossas enfermidades, foi esmagado por causa das nossas iniqüidades. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a sua boca, assumindo as nossas culpas (Isaías 53). Jesus de Nazaré faz de um desgraçado um venturoso. Ele nos preparou uma casa no céu e faz dela uma morada para a vida eterna. Ele é salvador! Deus dos desgraçados, louvado seja o seu santo nome, que está acima de todo nome, exaltado à mais alta posição do universo, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai (Filipenses 2:9-11). Como Castro Alves foi feliz ao clamar – Senhor Deus dos desgraçados, tem misericórdia deste mundo! Podemos completar – Salva-nos Senhor!

Clique aqui e leia a 1ª Parte de Deus dos Desgraçados.

Clique aqui e leia a 3ª Parte.

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* O autor é Procurador da República aposentado, Oficial do 2º Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de São José dos Campos/SP, colaborador do Portal do Registro de Imóveis (www.PORTALdoRI.com.br) e colunista do Boletim Eletrônico, diário e gratuito, do Portal do RI.

Como citar este artigo: ALVARES, Amilton. DEUS DOS DESGRAÇADOS – 2ª PARTE.  Boletim Eletrônico do Portal do RI nº. 085/2015, de 11/05/2015. Disponível em https://www.portaldori.com.br/2015/05/11/deus-dos-desgracados-2a-parte-por-amilton-alvares/

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