STJ suspende remoção de famílias assentadas na fazenda Belauto

A remoção de famílias assentadas na fazenda Belauto, no Pará, está suspensa. O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Felix Fischer, entendeu que há risco à ordem e à segurança pública caso a decisão da Justiça local, tomada em tutela antecipada em agravo de instrumento, seja cumprida. O ministro determinou que a questão aguarde o desfecho da ação judicial sobre a propriedade da área.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Fundação Nacional do Índio (Funai) alegavam que 370 famílias estão assentadas no local. O tribunal local estima em cerca de cem as famílias assentadas.

De toda forma, segundo os entes públicos, sua remoção implicaria desperdício de R$ 7 milhões dos cofres públicos, pagos em indenizações às famílias quando tiveram de abandonar as áreas que ocupavam antes em terra indígena. Além disso, a medida iria acirrar os conflitos agrários na região e comprometer a segurança pública.

Questão pendente

Para o ministro Felix Fischer, a questão de fundo sobre a titularidade da terra exige avaliação de provas complexas. Porém, é incontroverso que há diversas famílias no local, algumas das quais até pouco tempo brigavam pela posse de terras em comunidades indígenas. O número de famílias, na situação, não influenciaria a solução da matéria.

Conforme o relator, a remoção das famílias foi determinada por antecipação de tutela recursal, em julgamento ainda não definitivo da matéria. A retirada da população, estando pendente a questão principal sobre a propriedade da terra, poderia comprometer a integridade da ordem e a segurança pública.

“Tal medida, para ser executada, necessita de forte aparato policial e mobilização de diversos órgãos, circunstância a evidenciar o risco em sua implementação. Revela-se necessário evitar esse cenário, preservando-se a situação atual, ou seja, a manutenção das famílias no local em que se encontram”, afirmou o ministro Fischer.

“Isso porque a remoção dos colonos por determinação do próprio poder público pode gerar mais do que o simples descrédito com a atuação estatal, que, anteriormente, havia determinado que eles lá permanecessem. Não se pode ignorar o risco de revolta dos envolvidos e os desdobramentos que podem advir, eis que inexoravelmente previsíveis, conforme rotineiramente divulgam os meios de comunicação”, completou.

O ministro também destacou que a decisão frustra a implementação de política pública importante – a reforma agrária. Lembrando que eventuais perdas e danos podem ser objeto de compensação futura, o ministro entendeu que “nessa ponderação, deve-se dar primazia à manutenção da situação atual, assegurando às famílias (ao menos uma centena) que continuem a ocupar a terra em litígio”.

A notícia refere-se ao seguinte processo:

Fonte: STJ. Publicação em 21/06/2013.

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Rádio Justiça destaca capacitação que prepara futuros pais para a adoção

CNJ no Ar aborda preparação para pretendentes à adoção

A Vara Regional da Infância e Juventude de Garanhuns, em Pernambuco, promove um curso de Preparação Psicossocial e Jurídica para pretendentes à Adoção. Uma entrevista com o juiz do TJ-PE, Rafael Cardozo, vai explicar o que é ministrado na capacitação. Saiba também qual a situação no estado. Qual o número de crianças disponíveis para adoção e a quantidade de pessoas querendo adotar. CNJ no Ar, nesta segunda-feira (24), a partir das 10 horas.

Rádio Justiça

Emissoras interessadas podem receber boletins diários produzidos pela Radioagência Justiça. Basta um cadastro no site. São jornais com as principais notícias do Judiciário transmitidos diariamente. A Rádio Justiça é sintonizada em 104,7 MHz, no Distrito Federal, pelo satélite ou pelo site www.radiojustica.jus.br. Siga a Rádio Justiça pelo Twitter no endereço http://twitter.com/radiojustica.

Fonte: STJ com informações da Rádo Justiça. Publicação em 21/06/2013.

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TJ-GO – Divulgado provimento que autoriza certidão de nascimento on-line nas maternidades

A partir de agora, a certidão de nascimento, um dos direitos mais básicos e essenciais a qualquer cidadão, estará disponível nas maternidades goianas de forma on-line e gratuita.

A medida está contida no Provimento nº 6, da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás (CGJGO), que dispõe sobre o Sistema Eletrônico de Registro Civil de Nascimento em Maternidades (Sercim), anunciado na noite desta quarta-feira (19) pela corregedora-geral da Justiça de Goiás, desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo, durante a abertura do 3º Workshop da Infância e da Juventude, em Pirenópolis.

O documento, já assinado e publicado no site CGJGO, será disponibilizado no Diário da Justiça eletrônico até sexta-feira (21) e o lançamento oficial será feito na Maternidade Nascer Cidadão no dia 26 de junho.

Em seu discurso, Nelma Perilo lembrou que a falta da certidão de nascimento gera consequências graves como o impedimento de obter documentos importantes como a carteira de identidade e CPF, além da impossibilidade de acesso a benefícios e serviços sociais. “Com a implantação desse programa a mãe, ao obter alta médica da maternidade, receberá devidamente lavrado o registro civil de nascimento do seu filho. Isso representa um grande avanço no combate ao sub-registro e enorme benefício para a mãe da criança, sobretudo para a população mais carente”, enfatizou.

Ao deixar uma mensagem positiva e motivadora a todos os presentes, Nelma Perilo ressaltou que é preciso buscar práticas criativas que resultem em melhorias acerca das questões complexas que envolvem as crianças e adolescentes. Na oportunidade, a corregedora citou visita realizada em um dos centros de internação nos últimos dias e a situação precária em que os menores se encontram, sem a mínima estrutura física e privação de serviços básicos como atendimento médico e dentário e atividades físicas e intelectuais. “Com criatividade, devemos colocar em prática ações para minorar ou ao menos amenizar os problemas nessa área. Existem ideias executáveis a baixo custo, que necessitam apenas contar com a boa vontade de todos nós como, por exemplo, a criação de bibliotecas com livros e revistas usados. Essa é uma forma de propiciar ao socioeducando, além da aprendizagem de algo novo, o preenchimento do vazio na contagem dos minutos de dias inteiros”, ponderou.

A corregedora-geral também fez um alerta acerca da responsabilidade social de todos os envolvidos com o problema que assola a infância e juventude. “Sei que somos magistrados, membros do Ministério Público e servidores da Justiça e, em razão do cargo que exercemos, devemos investir mais em projetos e ações exequíveis no âmbito do Poder Judiciário. Mas isso não nos alija do mundo. Somos parte da sociedade e como seres sociais devemos também abraçar responsabilidades coletivas”, conclamou.

Trabalho conjunto

Já o juiz Carlos José Limongi Sterse, diretor do Foro de Anápolis e coordenador do Fórum da Infância e Juventude do interior, falou sobre a importância da reunião pela primeira vez de todos os magistrados que atuam com a infância e juventude para o aperfeiçoamento do sistema de medidas socioeducativas e garantia contínua da proteção à criança e ao adolescente. “Temas importantes relativos à mudança na execução das medidas socioeducativas tratados na Lei do Sinase e o Provimento nº 5, da CGJGO são de suma importância. Essa coordenação conjunta e inédita da Presidência do TJ e da Corregedoria é fundamental. Para fazer o sistema funcionar, é preciso, em primeiro lugar, que exista sinergia de todos e que acreditemos nele genuinamente”, salientou.

Em breves palavras, a juíza Maria Socorro de Sousa Afonso da Silva, do Juizado da Infância e da Juventude de Goiânia e coordenadora do Fórum da Infância e da Juventude da capital, conclamou aos colegas que compartilhem seus conhecimentos com a mente e o coração abertos. “O comprometimento com essa causa que representa um desafio no trato da criança e do adolescente irá gerar frutos que serão colhidos pela sociedade”, acentuou.

O equilíbrio e a leveza do poeta Vinícius de Moraes na busca pela solução de situações de conflito foi ressaltado pelo desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga que, na ocasião, representou o presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, desembargador Ney Teles de Paula. “O resultado deve sempre ser de encontros e nunca de conflitos”, frisou. Para a promotora Karine D’ Abruzzo, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e da Juventude, não basta apenas “fazer o dever de casa”. A seu ver, é necessário realmente colocar em prática o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Temos que descer dos pedestais e olhar para essa questão de igual para igual com esforço e dedicação para que haja uma mudança real”, comentou, ao chamar a atenção dos participantes.

Compuseram a mesa, além dos desembargadores Nelma Perilo, Luiz Cláudio Veiga Braga, juízes Carlos Sterse, Maria Socorro, promotora Karina D’Abruzzo, os juízes Sival Guerra Pires, auxiliar da CGJGO e coordenador do workshop, Carlos Magno Rocha da Silva, auxiliar da Presidência do TJGO, André Reis Lacerda, diretor do Foro de Goianésia e de comunicação da Associação dos Magistrados de Goiás (Asmego), representando o presidente da instituição, Gilmar Coelho; coronel André Luiz Gomes Schroeder, presidente do Grupo Executivo de Apoio à Criança e ao Adolescente representando o governador Marconi Perillo, e Márcia Bezerra Maya Faiad, diretora de Recursos Humanos do TJGO.

Participaram ainda do evento os juízes auxiliares da CGJGO Antônio Cézar Meneses e Wilton Muller Salomão, Eduardo Perez Oliveira, Flávia Zuza, Stefane Fiúza Cançado, entre outros. Marcaram presença promotores e vários servidores da CGJGO e outros ligados à infância e juventude.

Fonte : Assessoria de Imprensa da ARPEN/SP. Publicação em 21/06/2013.

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