STF suspende decisões que impedem demarcação de terras indígenas no Paraná

Ministro Edson Fachin também determinou intervenção da Comissão de Soluções Fundiárias do CNJ na região.

O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, suspendeu todas as ações judiciais relacionadas à demarcação da Terra Indígena Tekoha Guasu Guavira, na região de Guaíra, no Paraná. Também foram revogadas decisões judiciais que impediam a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) de dar andamento ao processo de demarcação, tomadas sem direito ao contraditório e ampla defesa das comunidades indígenas. O ministro acionou ainda a Comissão Nacional de Soluções Fundiárias do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que inicie tratativas para a construção de consenso sobre a questão.

Ataques

As providências foram requeridas pelas Comunidades Indígenas Avá-Guarani do oeste do Paraná nos autos da Ação Cível Originária (ACO) 3555. Os grupos narram que ataques recentes de violência agravaram a situação de vulnerabilidade e a insegurança alimentar dos indígenas e que decisões judiciais suspenderam o próprio processo de demarcação sem a participação ou intimação das comunidades.

Intervenção

Ao atender os pedidos, o ministro observou que os recentes episódios de violência apenas aprofundam a vulnerabilidade dos povos indígenas e das comunidades que vivem próximas às terras. Assim, a seu ver, a intervenção da Comissão Nacional se torna urgente, a fim de preservar a vida e a integridade das pessoas que habitam a área.

Diferenças de realidade

Fachin frisou que a solução para esses conflitos possessórios não é simples. Ela exige, de um lado, o reconhecimento de que a demarcação garante a ocupação de terras imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários ao bem-estar e à cultura dos povos indígenas, e, de outro, o direito à indenização dos que possuam terras particulares, anteriormente à Constituição, com justo título e boa-fé.

Nesse sentido, o ministro avalia que soluções unilaterais não trazem a pacificação necessária: é fundamental que as soluções possam de fato refletir as diferenças de realidade e de percepção entre as partes, com o envolvimento de todos os atores estatais.

O ministro Edson Fachin atuou na condição de vice-presidente no exercício da Presidência do STF durante o plantão.

Leia a íntegra da decisão.

Fonte: Supremo Tribunal Federal

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TJBA referencia Mapa do Registro de Imóveis do Brasil

Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA) referenciou, com a publicação do Provimento Conjunto CGJ/CCI n. 20/2023, expedido pela Corregedoria Geral da Justiça e pela Corregedoria das Comarcas do Interior, a utilização do Sistema de Informação Geográfica (SIG-RI) desenvolvido pelo Registro de Imóveis do Brasil (RIB/CORI-BR), denominado Mapa do Registro de Imóveis do Brasil, para que os Oficiais de Registro de Imóveis baianos confiram a localização e área da circunscrição imobiliária de imóveis. O Provimento “dispõe sobre a efetivação de atos de constrição em matrículas objeto de Processos Discriminatórios judiciais.

A informação foi publicada na conta do Instagram da Associação dos Registradores de Imóveis da Bahia (ARIBA) e, de acordo com o Provimento, “o Oficial deverá analisar a compatibilidade geodésica entre as coordenadas apresentadas em ações judiciais e as existentes nas matrículas impactadas.

A utilização do Mapa consta expressamente no § 3º do art. 3º do Provimento:

Art. 3º. (…)

§ 3º. O Oficial de Registro de Imóveis deverá conferir a localização e área da circunscrição imobiliária do imóvel pelo Sistema de Informação Geográfica (SIG-RI) do Registro de Imóveis do Brasil, denominado Mapa do Registro de Imóveis do Brasil, disponibilizado pelo ONR – Operador Nacional do Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis em www.registrodeimoveis.org.br/mapa.

A ferramenta é disponibilizada pelo Operador Nacional do Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis (ONR).

Fonte: IRIB

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Governo de SP lança licenciamento habitacional 100% digital em todo o estado

Análises do Graprohab para novos loteamentos e condomínios passam a ser feitas pela internet; processo ganha mais eficiência e transparência

O Governo de São Paulo lançou nesta terça-feira (16) um importante avanço na desburocratização e democratização do acesso a serviços estaduais. A partir de agora, todos os pedidos de análise de licenciamento para lotes urbanos e condomínios ao Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais (Graprohab), órgão ligado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, serão feitos totalmente em meios digitais.

“A gente cria o estímulo com programas, mexe as alavancas corretas e a iniciativa privada responde, dá o retorno, acredita e faz a diferença empreendendo e contratando. A nossa missão é tornar a vida de quem empreende mais fácil, por isso lançamos o Graprohab Digital. Vai poupar tempo e, quando a gente economiza tempo e elimina burocracia, vamos fazer com que os empreendimentos saiam do papel mais rápido e que o emprego aconteça mais rápido”, afirmou Tarcísio.

A atual gestão paulista conseguiu implementar uma solução que vem sendo discutida há 15 anos no âmbito do Estado, eliminando por completo a tramitação de processos em papel. Toda a documentação será enviada e analisada pela internet, por meio do Sistema Eletrônico de Informação (SEI!), sem a necessidade de apresentação presencial na sede da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, na capital.

No novo sistema 100% digital, o Graprohab passa a recepcionar os projetos habitacionais, enviar a documentação para os órgãos colegiados, gerenciar processos e emitir requerimentos e certificados de aprovação exclusivamente pela internet.

A medida também dá mais eficiência ao poder público, pois elimina a distribuição física de processos entre diferentes órgãos estaduais. A novidade também assegura mais transparência, celeridade e redução de emissão de resíduos.

“Com o começo de todos os processos do Graprohab de forma digital, uma construtora que está a 400 km da cidade de São Paulo não vai precisar de mais ninguém vindo até a sede da secretaria. Acaba a circulação de papel e de gente para protocolar documentos e plantas físicas. O Graprohab agora é totalmente digital”, afirmou o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco.

Passo a passo

Para dar entrada no pedido de licenciamento digital, é preciso acessar o sistema SEI! (portal.sei.sp.gov.br/usuario-externo/), clicar em “usuário externo”, criar login e senha e iniciar o processo para anexar digitalmente os mesmos documentos exigidos no antigo processo em papel, conforme exige o Manual Graprohab.

Um balcão de atendimento presencial será disponibilizado na sede do Graprohab, na capital, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, para esclarecer dúvidas e auxiliar os interessados na operação do novo sistema.

Para facilitar a transição total dos empreendimentos para o novo sistema, o Graprohab vai aceitar novos processos físicos até o dia 4 de fevereiro. A partir de 5, todos os requerimentos deverão ser feitos exclusivamente por meio digital.

Os projetos e requerimentos já registrados em papel terão suporte físico até a manifestação final do Graprohab. A medida visa garantir a continuidade e conclusão adequada das análises em andamento até a total implementação do sistema eletrônico.

Integração digital

No final de 2023, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação já havia lançado o Graprohab Integra, um procedimento inovador para otimizar a tramitação de projetos habitacionais. Na prática, o Graprohab Integra fará com que o licenciamento de loteamentos, desdobramentos e condomínios ocorra simultaneamente no Governo do Estado e nos municípios.

Para aderir ao benefício, as prefeituras devem assinar um termo de adesão e atender a requisitos específicos, entre eles ter população superior a 200 mil habitantes e lei municipal Plano Diretor em vigor, entre outros. A primeira cidade a aderir ao Graprohab Integra foi Campinas, em novembro de 2023, e outras já estão em fase de formalização, como Ribeirão Preto e São Carlos.

Como é o processo digital

  • Interessado fará todo o processo de protocolo, acompanhamento e retirada do certificado de aprovação pelo SEI!, por meio de login com senha
  • Documentação será encaminhada aos demais órgãos pelo próprio sistema SEI!
  • A tramitação do processo poderá ser acompanhada remotamente
  • Os processos finalizados ficarão arquivados no meio digital, sem necessidade de locação de espaço físico

Como era o protocolo de documentos físicos

  • Interessado precisava protocolar documentação do projeto habitacional pessoalmente no balcão único do Graprohab, na capital
  • Pastas com processos físicos eram distribuídas para os demais órgãos do colegiado (Cetesb, Daee e Sabesp) por veículo oficial
  • Após apreciação pelos órgãos, documentação era coletada para devolução ao Graprohab;
  • Projetos aprovados eram enviados para arquivo e ficavam sob a guarda do Estado
  • Interessado retirava o certificado de aprovação do empreendimento somente na sede do Graprohab

Fonte: Governo de São Paulo

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