ONG pede prazo maior para inscrição de pequenos proprietários no cadastro ambiental rural

Prazo para o cadastramento se encerrou nesta quinta-feira (5). Cadastro permitirá o monitoramento da situação de áreas de preservação permanente e reserva legal. Produtores inscritos terão direito a benefícios como a suspensão de sanções por supressão irregular de vegetação

A organização não governamental Fundação SOS Mata Atlântica informou que mais de 80% dos produtores rurais já realizaram sua inscrição no Cadastro Ambiental Rural, mas pediu um prazo maior para o cadastramento das pequenas propriedades.

O diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, afirmou que é necessário um esforço especial para que o trabalho de adesão ao cadastro chegue às pequenas propriedades, estimadas em 90% dos imóveis rurais brasileiros.

Em reunião nesta quarta-feira (4) da Frente Parlamentar Ambientalista, Mantovani criticou a falta de apoio do governo federal e dos governos estaduais à adesão dos pequenos proprietários. “É necessário mais apoio [aos pequenos produtores], tem que trazer esse pessoal para a legalidade, para que eles também tenham os benefícios do Código Florestal”, disse.

O cadastro é um registro eletrônico obrigatório para todos os imóveis rurais, com o objetivo de formar uma base de dados para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas de vegetação nativa no Brasil. Nele, todos os proprietários e posseiros de imóveis rurais, incluindo assentamentos, devem declarar informações como limites das propriedades e situação das áreas de preservação permanente (APPs), de reserva legal, nascentes e cursos d’água.

Com o cadastro, os produtores terão direito a alguns benefícios, como a suspensão de sanções relativas a infrações administrativas por supressão irregular de vegetação realizada até 22 de julho de 2008. Além disso, a inscrição é pré-requisito para a liberação de recursos nas instituições financeiras que operam recursos para o setor. O prazo para o cadastramento se encerra nesta quinta-feira (5).

Mantovani apresentou aos deputados um relatório sobre a aplicação do novo Código Florestal (Lei 12.651/12) nos 17 estados que possuem mata atlântica. Ele acredita que a atual legislação precisa ser melhorada, mas reconhece dois avanços promovidos pela lei: o Cadastro Ambiental Rural e os planos de regularização ambiental.

Adesão ampla
Já o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, Raimundo Deusdará Filho, considerou o resultado das inscrições uma grande conquista. Ele ressaltou que a grande adesão se deu graças a um esforço conjunto da União, dos estados, dos municípios e de todas as entidades envolvidas.

Sobre o prazo para o cadastramento, o diretor esclareceu que, independentemente do período, o produtor poderá inscrever seu imóvel rural, mas com a perda de alguns benefícios. “O sistema www.car.gov.br continua aberto [após 5 de maio] para o pequeno, médio e grande proprietário. As pessoas herdam propriedade, as pessoas transferem, compram e vendem, o que precisa é tranquilizá-las e que venham para o cadastro”, disse.

Regularização
Para o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), os dados apresentados durante a reunião servem como parâmetro para possibilitar adequações. O parlamentar disse que, se o governo destinar os recursos adequados para as pequenas propriedades, será possível regularizar a situação desses produtores em um curto espaço de tempo.

“Quando a gente fala na questão ambiental e do cadastro, nós estamos falando das mudanças climáticas e na questão da água, que são fatores extremamente importantes não só no Brasil, mas no mundo inteiro”, disse Tripoli.

Segundo o relatório apresentado nesta quarta-feira, a grande maioria dos 17 estados com mata atlântica não dispõe de recursos para a aplicação do Código Florestal. As despesas acabam correndo por conta do orçamento dos órgãos ambientais. O Fundo Amazônia tem recursos para o Cadastramento Ambiental Rural, mas nem todos os estados elaboraram projetos qualificados para terem acesso a ele.

Na avaliação de Mantovani, o cadastro é um ponto de partida para se entender o processo ambiental no Brasil. Ele explicou que, por meio dele, será possível direcionar planos de desenvolvimento e de conservação, além de viabilizar as mudanças necessárias para a proteção do meio ambiente e a garantia da biodiversidade.

O debate desta quarta-feira foi promovido pela Frente Parlamentar Ambientalista, coordenada pelo deputado Sarney Filho (PV-MA), que tem como objetivo apoiar políticas públicas, programas e demais ações governamentais e não governamentais que promovam o desenvolvimento sustentável.

Fonte: Agência Câmara Notícias | 04/05/2016.

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Sistema de Informações de Registro Civil está entre os finalistas do Prêmio Conip

SIRC é considerado essencial no combate às fraudes contra a Previdência Social

O Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (SIRC) está entre os finalistas da 19ª edição do Prêmio Conip de Excelência aos projetos que utilizam a tecnologia da informação para a melhoria dos serviços públicos. O evento ocorrerá nos dia 6 e 7 de junho, em São Paulo.

O SIRC – desenvolvido pela Dataprev e coordenado pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), juntamente com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República – reúne em uma mesma base dados relativos a registros de nascimento, casamento, óbito e natimorto, produzidos pelos cartórios de registro civil das pessoas naturais. O sistema tem como objetivo melhorar a troca de dados entre os cartórios de registro civil e o Poder Público, além de apoiar o planejamento de políticas que melhorem efetivamente a qualidade de vida da população.

Redução de fraudes – Em relação ao MTPS, o SIRC colabora na redução do número de fraudes contra a Previdência Social e amplia o envio de dados que já acontecia em relação aos registros de óbitos, e que depois se estendeu para o registro de nascimento e casamento, a fim de evitar benefícios indevidos. A ideia é estender a coleta de informações para aproximadamente 7.500 cartórios de todo o Brasil

A apresentação dos projetos (confira abaixo os concorrentes) à banca examinadora será realizada no dia 6 de junho. Os finalistas também farão parte da programação oficial da 22ª edição do Conip – Congresso de Informática e Inovação para o Setor Público, que reunirá, no hotel Maksoud Plaza, cerca de 300 profissionais do setor público. A cerimônia de premiação acontece no mesmo local, no dia 7 de junho, às 17 horas.

Título do trabalho Instituição UF
Caça Mosquito PRODEB – Companhia de Processamento de Dados da Bahia BA
Curitiba Colabora – Articulação de ações para desenvolvimento colaborativo de soluções para Cidades Inteligentes Prefeitura de Curitiba PR
Ferramenta de Gestão da Transparência e Controle Orçamentário do CE/UFSM Universidade Federal de Santa Maria RS
GeoSampa: Todas as informações em um só lugar Prodam – Tecnologia da Informação e Comunicação SP
MG app – Minas Gerais conectado a você Prodemge – Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais MG
Onde Voto? Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Mato Grosso MT
Portal do Cidadão Prefeitura Municipal de Campinas SP
PROCON CAMPINAS IMA – Informática de Municípios Associados S/A SP
SIRC – Sistema Nacional de Informações de Registro Civil Ministério do Trabalho e Previdência Social DF
SISDENGUE Prefeitura de Limeira SP
Sistema de Informações Contábeis e Fiscais SERPRO – Serviço Federal de Processamento de Dados DF
Sistema de Informações Eleitorais Câmara dos Deputados DF

Fonte: Ministério do Trabalho e Previdência Social | 04/05/2016.

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TJ/RJ: Cartórios de Registro Civil já emitiram mais de 60 mil certidões de nascimento com CPF

A Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de Janeiro (CGJ/RJ) comemora a marca de mais de 60 mil certidões de nascimento já emitidas junto com o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). O projeto, que unifica os documentos de registro do cidadão, contribui para a erradicação do sub-registro, garantindo a cidadania e a segurança jurídica.

A medida foi iniciada em dezembro de 2015 a partir do convênio  firmado entre a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Rio de Janeiro (ARPEN-RJ) e a Secretaria da Receita Federal (SRF). Contou com o apoio da CGJ/RJ, que aprovou os procedimentos técnicos, operacionais e procedimentais, assegurando a legitimidade dos registros. A Comissão Judiciária para Erradicação do Sub-Registro de Nascimento da CGJ/RJ também participou.

Os cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais (RCPNs) do estado e as Unidades Interligadas que aderiram ao projeto vêm emitindo as certidões de nascimento com o respectivo número do CPF dos recém-nascidos de maneira simples e rápida: no ato do registro, os cartórios enviam os dados à SRF que informa, de forma instantânea, o número do CPF a ser emitido na certidão. A emissão do CPF, assim como a da primeira via da certidão de nascimento, é gratuita.

Segundo a presidente  da  Arpen, Priscilla Milhomem, o convênio traz benefícios a  população. “A medida democratiza  o  acesso ao documento básico que hoje é o CPF, que permite os direitos ligados à cidadania, de forma gratuita e com grande conveniência, já que passa a ser emitido junto com a certidão de nascimento. Também consolida o papel do RCPN  como órgão presente na vida de todos, de confiança das famílias brasileiras. Este avanço foi possível graças à articulação dos membros do Comitê Estadual de Erradicação do Sub-registro e Acesso à Documentação Básica, comprovando que  é  possível  adotarmos  iniciativas  de  impacto  positivo para a população, quando há um foco na cidadania e na ampliação dos direitos humanos”.

Papel da CGJ: discussão e adoção de medidas

A Secretaria de Apoio à Comissão de Erradicação do Sub-registro Civil de Nascimento da CGJ propõe a discussão e adoção de medidas para o combate à falta de registro civil, buscando meios para garantir o amplo acesso ao registro dos nascituros, crianças, adolescentes e até mesmo pessoas adultas e idosas sem registro.

O próximo passo estudado pela CGJ/RJ, em conjunto com o Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (DETRAN) e a Arpen-RJ, é viabilizar que também contenha na certidão de nascimento, o número reservado para a identificação civil do recém-nascido. Assim, quando esse cidadão for retirar seu RG (no estado do Rio de Janeiro), já haverá o número dessa identidade pré-registrado na sua certidão de nascimento.

Fonte: TJ/RJ | 04/05/2016.

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