TJ/RS: Maternidade socioafetiva é reconhecida e menina terá sobrenome de duas mães

O nome da companheira da mãe biológica de uma menina será inserido no registro de nascimento da criança. A decisão é da Juíza Anaísa Accorsi Peruffo, da Vara de Família do Foro Regional do Partenon, na Capital.

Caso

A autora, em união estável com a mãe biológica da menina há 10 anos, requereu o reconhecimento de maternidade socioafetiva da criança nascida após o início do relacionamento. O pai biológico, conforme acordo firmado antes da concepção, não registrou a criança e não tem interesse na paternidade. Após depoimentos das autoras e de testemunhas, foi confirmada a união.

Provas como documentos e fotografias também corroboraram com a versão apresentada. A forma compartilhada e harmônica dos cuidados e responsabilidades que compreendem a função de mãe foi reconhecida pela juíza em ambas as partes.

Tendo em vista a relação maternal construída entre autora e criança; o desejo da menina em contar com o sobrenome das mães demonstrado em diversas ocasiões; e a ausência de prejuízo ao desenvolvimento psicológico da garota, foi concedido o pedido.

A maternidade socioafetiva será acrescida ao registro de nascimento da menina, no qual já consta a maternidade biológica. A garota passará ter o sobrenome das duas mães. E os pais da mãe socioafetiva serão reconhecidos como avós.

O caso corre em segredo de Justiça.

Fonte:  TJ/RS | 09/11/2015.

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TJ/BA: Cartórios de Brotas e da Vitória dão início ao serviço privatizado de Registro Civil na Bahia

Os cartórios dos subdistritos de Brotas e Vitória deram o primeiro passo para a privatização dos serviços de Registro Civil das Pessoas Naturais, com o anúncio, na terça-feira (10), da instalação das Unidades Interligadas em sete maternidades e hospitais de Salvador.

Com a interligação, as crianças nascidas nas unidades de saúde Santo Amaro, Aliança, Português, Teresa de Lisieux e do Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba) já saem do local com a devida Certidão de Nascimento.

“Estamos celebrando a cidadania”, disse o corregedor-geral da Justiça da Bahia, desembargador José Olegário Monção Caldas, a quem compete fiscalizar o funcionamento dos cartórios em todo o Estado, sejam públicos ou privatizados.

O desembargador dirigiu a solenidade de instalação das unidades interligadas, organizada pela delegatária dos cartórios de registro civil de Brotas e Vitória, Mary Jane Vilasbôas de Carvalho, que foi chamada pela Corregedoria-Geral para iniciar o processo de privatização em Salvador.

Ele lembrou que esses dois cartórios são os primeiros na Capital a caminharem em direção à privatização dos serviços. “A privatização dos cartórios de registro civil está em andamento, com o concurso para delegatários em fase de finalização”, disse o corregedor-geral.

Além da Certidão de Nascimento, as unidades interligadas instaladas nos centros de saúde, e os postos dos hospitais Aristides Maltez e Geral do Estado, vão emitir a Certidão de Óbito, conforme a recomendação 18/2015 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), disponibilizando a imediata certidão e guia de sepultamento.

“É um ganho para a comunidade, as crianças já saem do hospital ou da maternidade com o registro de nascimento e, no caso de óbito, também com a devida certidão”, disse a delegatária, acrescentando que qualquer cidadão nascido em Salvador pode dar entrada na documentação para casamento em qualquer um dos dois cartórios.

Os cartórios de Registro Civil das Pessoas Naturais dos subdistritos de Brotas e Vitória são os dois primeiros a iniciar o processo de privatização em Salvador, dos 21 fiscalizados pela Corregedoria-Geral da Justiça da Bahia.

Casamentos
A alegria e a felicidade de trocar alianças tomaram conta do auditório lotado do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. No total, 34 casais participaram da cerimônia coletiva de casamento conduzida por quatro juízes de paz.

A servidora pública estadual Graciela de Jesus chorou de tanta emoção ao beijar o marceneiro Jutair Santos, com quem casou-se oficialmente depois de morar junto há três anos. “Resumindo em duas palavras: pura emoção!”, disse, entre lágrimas.

O casal de comerciantes Sérgio Schrammi dos Santos e Daniela de Oliveira Machado fez questão do beijo de novela para selar a união. Usando a função ‘vídeo’ do seu celular, Sérgio filmava outros noivos para reduzir a ansiedade.

Para eles, a realização do sonho de união. A noiva ficou impressionada com tamanha facilidade. “Bastou apresentar certidão de nascimento autenticada e a identidade”, disse Daniela, sempre ao lado do noivo, agora marido.

Já o garçom Elton Santos Barreto Brás fez questão de usar a palavra como forma de oração para pedir que seu casamento com a gestora comercial Mariana Santos da Mota comece com “alegria, felicidade, respeito e consideração”.

Festejadíssimos pelos amigos, que vibravam com o casamento, como torcedores comemorando um gol, os dois chamaram atenção também pela largura da aliança. “Foi ideia minha, mas sei que o importante é o relacionamento e a confiança”,  disse Elton.

Os juízes de paz Miguel José da Silva, Suely Fereira, Edes Andrade e Carlos Magno Pessoa conduziram a cerimônia que foi coordenada pela juíza corregedora Márcia Denise Mascarenhas.

Fonte: TJ/BA | 10/11/2015.

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Problemas no sistema eSocial mobilizam Comissão de Desburocratização

A sequência de falhas na geração da guia do eSocial motivou debate durante a reunião da comissão de juristas que estuda proposta para a desburocratização, na tarde de segunda-feira (9). Na semana passada, problemas no sistema da Receita Federal dificultaram o cadastramento de empregadores e empregados domésticos e a geração da guia de recolhimento dos tributos. O prazo final para o registro, inicialmente previsto para a última sexta-feira (6), foi prorrogado para 30 de novembro.

Para o vice-presidente da comissão, João Geraldo Piquet Carneiro, as falhas do sistema evidenciam a importância do trabalho da comissão. A advogada Mary Elbe Queiroz disse que o cidadão se vê obrigado, às vezes, a “repetir muitas informações” para o poder público e lamentou a existência persistente de rotinas burocráticas na administração. O doutor em economia Paulo Rabello de Castro sugeriu a manifestação da comissão sobre o assunto.

— O que o país mais precisa neste momento é de objetividade, efetividade e eficácia — declarou.

O ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel acredita que há, nos últimos tempos, “uma queda de qualidade no serviço de apoio de informática” para a Receita. Ele disse que essa série de erros não é da tradição da Receita e foi um lamentável incidente. Para Everardo Maciel, a Receita deveria “reconhecer o erro e ir em frente”. Ele sugeriu uma nota à imprensa, para mostrar que situações desse tipo poderão ser minoradas com uma administração pública menos burocrática.

O subsecretário de Tributos da Receita Federal, Paulo Ricardo de Souza Cardoso, reconheceu que o episódio é “lamentável e triste”. Ele apontou a dificuldade técnica de fazer os sistemas de todos os parceiros — Caixa e ministérios, por exemplo — “falarem a mesma língua”. Cardoso lembrou a dilatação do prazo e disse que há cerca de 1,4 milhão de empregadores cadastrados. A expectativa da Receita é que esse número chegue a 1,5 milhão.

PEC e licitações

A comissão aprovou a sugestão de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para impedir o governo de editar normas administrativas por meio de medida provisória. Segundo o professor Otávio Luiz Rodrigues Júnior, seria uma forma de dar mais previsibilidade e segurança jurídica para o cidadão. Otávio Júnior também sugeriu que a administração seja impedida de exigir do cidadão informações que já tenha em seus bancos de dados. Ele também apresentou a sugestão de limitação da exigência de certidões durante o processo licitatório, ficando exigíveis apenas aquelas já previstas em lei.

— Trará um impacto bastante positivo para a administração, para o cidadão e para as empresas que contratam com o estado — disse o professor, que prometeu trazer a redação definitiva na próxima reunião.

A comissão também aprovou a sugestão de uma lei nacional para tratar do licenciamento ambiental e a obrigatoriedade de ter todo esse processo disponibilizado na internet. Os juristas ainda aprovaram a sugestão do estabelecimento de um prazo máximo para a concessão de benefícios previdenciários e a extinção das “proclamas” para o casamento — o que tornaria mais ágil o processo de registro da união.

Reunião

O presidente da comissão, Mauro Campbell Marques, informou que vai procurar se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros, ainda nesta segunda-feira, para apresentar algumas propostas na área administrativa da comissão. Ele disse que também vai tratar com Renan de alterações na PEC 112/2015, do senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), que regula o processo administrativo de contestação de dívidas tributárias. A proposta se encontra na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e ainda não tem relator. Campbell, que é ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), entende que a PEC pode ser um veículo para as ideias do colegiado.

A comissão, instituída pelo presidente Renan Calheiros, foi instalada no início de setembro. Composta por 20 juristas, a comissão tem como relator o ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), e trabalha sugestões que simplifiquem e agilizem a administração pública. O prazo final para os trabalhos da comissão é o próximo dia 22 de dezembro.

Fonte: Agência Senado | 09/11/2015.

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