Governo estuda abrir nova renegociação de dívidas tributárias com desconto

Programa implementado em 2020 permitiu parcelamentos alongados e reduções de até 70% no valor devido.

Sem sinal de enfraquecimento da pandemia do novo coronavírus e com cenário incerto para a recuperação econômica, o Ministério da Economia avalia relançar um programa de renegociação de dívidas tributárias voltado a empresas e pessoas físicas impactadas pela crise sanitária.

A ideia é incentivar a regularização de débitos da dívida ativa da União e evitar que o Congresso tome frente nessa discussão, criando programas de Refis (refinanciamento de dívidas tributárias), modelo considerado prejudicial ao sistema de arrecadação.

Enquanto os programas de Refis concedem benefícios lineares, iguais para os contribuintes, a chamada transação tributária avalia caso a caso e é focada apenas naqueles em situação financeira delicada.

Em 2020, a chamada transação excepcional autorizou o parcelamento de débitos em até 145 vezes, com descontos de até 70% sobre o valor total da dívida. O prazo para adesões foi encerrado em 29 de dezembro.

De acordo com o procurador-geraladjunto de Gestão da Dívida Ativa da União, Cristiano Neuenschwander, embora o governo ainda não tenha batido o martelo sobre a reedição do programa, a pasta prepara modelos para a possível implementação.

“Estamos analisando o que aconteceu no programa do ano passado para embasar um novo. Os estudos estão sendo feitos neste momento e, assim que a gente tiver uma definição, a nossa medida é muito rápida de ser implantada”, disse à Folha.

Uma lei aprovada pelo Congresso no ano passado permite que o Ministério da Economia crie programas desse tipo sem a necessidade de nova avaliação do Legislativo. Basta a edição de uma portaria, que tem validade imediata.

Em 2020, 268 mil contribuintes aderiram a essas renegociações, com dívidas que totalizam R$ 81,9 bilhões. Para fechar os acordos, o governo concedeu descontos, abrindo mão de arrecadar R$ 25,6 bilhões.

Até novembro, o maior volume de dívidas renegociadas em um mês havia sido de R$ 8,9 bilhões. Somente em dezembro, último mês do programa, as adesões totalizaram R$ 38,5 bilhões.

No caso do Refis, as vantagens concedidas são horizontais, beneficiando inclusive empresas em boa situação financeira. A pasta argumenta que esse modelo acaba incentivando o não pagamento de tributos.

No Congresso, foram apresentados ao menos três projetos em 2020 para implementar uma espécie de Refis da Covid.

“A gente fica preocupado com medidas que podem trazer um resultado ruim para a arrecadação, que permitiriam que contribuintes com alta capacidade de pagamento —alguns que até aumentaram suas receitas durante a pandemia— se beneficiassem de uma medida sem justificativa técnica, uma alocação ineficiente do gasto tributário”, disse o procurador.

Dados da PGFN apontam que mais de 80% dos contribuintes que se beneficiaram dos programas de Refis feitos no passado não estavam em situação de dificuldade e teriam condições de arcar com os tributos sem a concessão de descontos.

A transação excepcional do ano passado deu benefícios maiores para pessoas físicas, micro e pequenas empresas, Santas Casas, instituições de ensino e outras organizações da sociedade civil.

A dívida ativa da União reúne hoje débitos de R$ 2,57 trilhões. Do total, quase R$ 2 trilhões estão em situação irregular, sem acordo para pagamento ou adesão a parcelamentos.

Fonte: INR Publicações

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Reurb pode ter procedimento alterado

Projeto de Lei na Câmara dos Deputados modifica critérios de regularização de ocupações de núcleos urbanos informais.

Apresentado pelo Deputado Federal Daniel Freitas (PSL-SC), o Projeto de Lei n. 4447/2020 (PL) altera a Lei n. 13.465/2017, referente à Regularização Fundiária Urbana (Reurb), alterando a definição de “núcleo urbano informal consolidado” (art. 11, III da referida Lei), além dos conceitos de “legitimação de posse” (art. 11, VI) e “legitimação fundiária” (art. 11, VII).

Além disso, de acordo com o PL apresentado, o art. 15 deverá ser alterado para a inclusão do inciso XIII, prevendo a concessão de direito real de uso ou de ocupação no rol dos institutos jurídicos que poderão ser empregados na Reurb. O texto ainda traz outras significativas alterações e pode ser conferido, em sua íntegra, aqui.

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Urbano; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: IRIB (www.irib.org.br)

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Gestão da Corregedoria conclui biênio 2019/2021 com a apresentação de relatório de atividades

No próximo dia 05 de fevereiro tomará posse a nova gestão do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) para o biênio 2021/2023. Ao se despedir de sua gestão à frente da Corregedoria-Geral de Justiça o desembargador Júnior Alberto apresenta relatório de atividades e fala de sua grata satisfação de ter integrado a Administração do Tribunal de Justiça do Estado do Acre, contribuindo para grandes avanços conquistados ao longo desses dois anos, com destaque para a introdução de ferramentas tecnológicas e inovadoras que trouxeram celeridade, eficiência e economia de recursos na prestação dos serviços jurisdicionais.

O enfrentamento e combate à violência social e urbana foi outro destaque da gestão, pois a realização de esforço concentrado nas comarcas do interior e varas da capital onde havia processos paralisados aguardando a realização de audiências propiciou a celeridade nos julgamentos, atualizando as pautas de audiência e, consequentemente, tornando mais rápida a resposta do Poder Judiciário, contribuindo para diminuição dos índices de criminalidade.

A fiscalização dos serviços notariais e de registro tornou-se mais profissionalizada e eficiente com a implantação do sistema de emissão e fiscalização dos selos eletrônicos, denominado Extrajud.

A implantação do sistema eletrônico de prestação de contas dos interinos também foi outro marco, pois garantiu celeridade, maior controle e diminuição do tempo de análise das prestações de contas apresentadas pelas Serventias vagas administradas por responsáveis interinos.

O desenvolvimento de nova metodologia baseada na expertise do sistema de correição eletrônica do Tribunal de Justiça de Santa Catarina abreviou o tempo de conclusão dos relatórios de fiscalização no serviço extrajudicial, possibilitando o saneamento de impropriedades de forma célere.

Alterações legislativas e informatização dos pedidos de ressarcimento dos atos gratuitos garantiram a recuperação da saúde financeira do Fundo Estadual de compensação, possibilitando a regularização e atualização dos pagamentos, em especial da complementação da renda mínima das serventias deficitárias.

Foi uma gestão norteada pelo profissionalismo, focada na resolução dos gargalos que dificultavam a execução eficiente dos serviços, cujo sucesso foi reconhecido com a outorga do selo ouro de qualidade conferido pelo CNJ, sendo edificados os alicerces para que daqui para frente o Poder Judiciário conquiste um elevado nível de excelência no grau de desempenho.

Essas e outras realizações estão pormenorizadas no relatório de gestão, que pode ser analisado clicando aqui.

Fonte: Tribunal de Justiça do Acre

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