1VRP/SP: RCPJ. O artigo 44, §1º, do Código Civil, confere ampla liberdade de estruturação interna para as organizações religiosas, não se podem exigir a instituição e a regulamentação de uma assembleia que se sobreponha à diretoria.

Processo 1053973-72.2022.8.26.0100

Pedido de Providências – Registro civil de Pessoas Jurídicas – Igreja Evangélica Verbo da Vida São Paulo – Pinheiros – Diante do exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido de providências formulado pelo Oficial do 1º Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Capital para afastar os óbices apontados na prenotação n.563.510 e, consequentemente, determinar a averbação do título. Deste procedimento não decorrem custas, despesas processuais ou honorários advocatícios. Oportunamente, remetam-se os autos ao arquivo. P.R.I.C. – ADV: LUCAS DE MELO ROCHA (OAB 304919/SP), THIAGO GARCIA DE MENEZES SANTOS (OAB 15259/PB)

Íntegra da decisão:

SENTENÇA

Processo Digital nº: 1053973-72.2022.8.26.0100

Classe – Assunto Pedido de Providências – Registro civil de Pessoas Jurídicas

Requerente: 1º Oficial de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Capital

Requerido: Igreja Evangélica Verbo da Vida São Paulo – Pinheiros

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Luciana Carone Nucci Eugênio Mahuad

Vistos.

Trata-se de pedido de providências formulado pelo Oficial do 1º Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoas Jurídicas da Capital a requerimento de Igreja Evangélica Verbo da Vida São Paulo – Pinheiros diante de negativa de averbação de ata de assembleia geral extraordinária realizada em 19 de janeiro de 2022, na qual se resolveu pela alteração da denominação social da entidade para “Igreja Evangélica Verbo da Vida São Paulo – Vila Leopoldina”, com aprovação de reforma e consolidação de seu estatuto social.

A recusa foi motivada pela necessidade de esclarecimento, revisão e complementação do estatuto em diversos pontos.

Após reapresentação do título, as exigências foram parcialmente revistas, permanecendo os seguintes óbices: o artigo 83 do estatuto contraria o artigo 59, II, do Código Civil; não há previsão sobre a antecedência e a forma de materialização dos editais de convocação para as assembleias; não há previsão sobre o modo de instalação e deliberação da assembleia; não há previsão sobre as condições para deliberação sobre a destituição dos administradores; não há previsão sobre as condições para reforma estatutária nem sobre a forma de aprovação de contas.

O Oficial entende que, embora o Código Civil não traga regramento específico para as organizações religiosas, pela semelhança e proximidade, devem seguir o formato previsto para as associações no que couber.

Documentos vieram às fls.07/67.

A parte interessada apresentou impugnação às fls.74/89, informando que, há alguns meses, o serviço registral vem se negando a proceder ao ingresso de atas e outros documentos sob o argumento de inadequação do estatuto, que está devidamente registrado naquela serventia desde 2015, seguindo o padrão adotado pela entidade religiosa em outros Estados da federação. Para contornar tal dificuldade, procedeu à reforma estatutária, atendendo todas as exigências, com exceção daquelas que violam a sua liberdade religiosa.

A parte sustenta, ainda, que as organizações religiosas são entidades diversas das associações (artigo 44, I e IV, do Código Civil); que sua condução pode se dar por um Governo Episcopal, composto por uma diretoria, em contraposição à soberania da assembleia; que há garantia de liberdade ampla para a organização religiosa (autodeterminação, autocompreensão e autodefinição), tal como disposto na Lei Estadual n.17.346/2021, sendo que todos os pontos levantados pelo Oficial estão atendidos de modo próprio ao longo do estatuto. Juntou documentos às fls.90/130.

O Ministério Público opinou pelo afastamento dos óbices (fls. 276/278).

É o relatório.

Fundamento e decido.

No mérito, o pedido é improcedente. Vejamos os motivos.

De início, vale destacar que o Registrador dispõe de autonomia e independência no exercício de suas atribuições, podendo recusar títulos que entender contrários à ordem jurídica e aos princípios que regem sua atividade (art. 28 da Lei n. 8.935/1994), o que não se traduz como falha funcional.

Em segundo lugar, é importante ressaltar que, no sistema registral, vigora o princípio da legalidade estrita, pelo qual somente se admite o ingresso de título que atenda aos ditames legais.

Em outras palavras, o Oficial perfaz exame extrínseco do título, verificando aspectos formais, e tem o dever de obstar o ingresso daqueles que não se atenham aos limites da lei.

Entretanto, quanto às exigências formuladas, deve-se atentar que a legislação confere plena liberdade para criação, organização e estruturação interna das organizações religiosas, de modo que deve ser evitada apenas omissão do estatuto em pontos considerados essenciais para funcionamento ordenado.

É certo que as disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades em geral e podem se estender às organizações religiosas, notadamente diante da sua similitude pela ausência de finalidade econômica (artigos 44, §2º e 53, do CC).

Entretanto, a configuração organizacional adotada pela Igreja Evangélica Verbo da Vida muito se divorcia do formato associativo, aproximando-se mais da estrutura de uma sociedade controlada (artigo 1.098 do Código Civil), ainda que não desempenhe atividade empresarial.

Ademais, confrontando-se atentamente o estatuto que está registrado desde o ano de 2015, copiado às fls.92/119, e o texto reformado levado a registro, que está às fls.12/35, constata-se que nada foi alterado na estrutura administrativa da entidade, havendo apenas alteração da denominação social, que se adequou ao novo endereço da sede, com indicação de uma filial (artigo 1º e seu §2º, fl.12).

Nota-se, ainda, a exclusão de alguns artigos: o artigo 16, que trata da possibilidade de desempenho de atividades paralelas de cunho bíblico e social (fl.97); os artigos 77 a 86 e o §2º, do artigo 87, que tratam de um curso livre de teologia denominado ‘Rhema’, que é administrado pelo Ministério Verbo da Vida (fls.114/117); o artigo 92, que prevê a possibilidade de utilização das instalações da entidade para fins educacionais (fl.117), e o artigo 95, que faz referência expressa ao artigo 16, também excluído (fl.118).

No que tange ao funcionamento da entidade, percebe-se que, embora o estatuto admita a participação de um número indefinidos de membros previamente inscritos, na forma do artigo 18 (fl.98), tais membros não participam das decisões nem do patrimônio da Igreja Verbo da Vida, tampouco respondem pelas obrigações contraídas por ela (artigos 89 e 93, fls.117/118).

O governo da entidade é exercido por meio de uma diretoria composta por seis membros voluntários não remunerados, cujo presidente não é eleito, mas indicado pelo Ministério Verbo da Vida, que é uma pessoa jurídica distinta. Os demais membros da diretoria são indicados pelo presidente escolhido (artigos 12, 13, 34 e 35, fls.96 e 103).

Nos termos do estatuto, a Igreja Evangélica Verbo da Vida (IEVV) integra o Ministério Verbo da Vida (MVV), subordinando-se à sua supervisão doutrinária, administrativa e financeira (artigos 2º, 6º, 7º e 9º, fls.92, 95 e 96).

Observe-se que o controle pelo Movimento Verbo da Vida é absoluto: nos termos do artigo 39, §5º, do estatuto, tal entidade conta com a prerrogativa de alterar, discricionariamente, a composição da diretoria, sem distinção e a qualquer tempo, ao passo que o artigo 97 dispõe que a Igreja Evangélica Verbo da Vida “só poderá ser dissolvida por autorização expressa do MVV”, o qual, conforme o parágrafo 2º desse dispositivo, detém “legitimidade para determinar a dissolução da IEVV a qualquer tempo” (fls.104 e 118).

É no exercício desse controle que o poder de reforma do estatuto é atribuído aos membros da diretoria e condicionado à autorização prévia e expressa do MVV (artigo 96, fl.118).

Assim, considerando que o artigo 44, §1º, do Código Civil, confere ampla liberdade de estruturação interna para as organizações religiosas, não se podem exigir a instituição e a regulamentação de uma assembleia que se sobreponha à diretoria.

Não há dúvida de que a adaptação às disposições do Código Civil, que foi imposta às associações, sociedades e fundação constituídas anteriormente (artigo 2.031), aplicasse às organizações religiosas, conforme parágrafo único inserido pela Lei n.10.825/03, e está atendida na hipótese.

Com efeito, a frequência, a forma de convocação e o quórum necessário para as reuniões de diretoria estão previstos nos artigos 48 a 52 (fls.108/110); os deveres do membro e as razões para a perda dessa condição, inclusive de cargos e funções, bem como o respectivo procedimento disciplinar estão previstos nos artigos 20 a 32 e 39 (fls.99/103), enquanto os registos e relatórios financeiros são fiscalizados pelo MVV (artigos 9º e 45, fls.95/96 e 107/108).

Todas essas disposições estão mantidas no texto reformado (fls.12/35), variando apenas sua localização.

Diante do exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido de providências formulado pelo Oficial do 1º Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Capital para afastar os óbices apontados na prenotação n.563.510 e, consequentemente, determinar a averbação do título.

Deste procedimento não decorrem custas, despesas processuais ou honorários advocatícios.

Oportunamente, remetam-se os autos ao arquivo.

P.R.I.C.

São Paulo, 21 de julho de 2022.

Luciana Carone Nucci Eugênio Mahuad

Juiz de Direito (DJe de 25.07.2022 – SP).

Fonte: Tribunal de Justiça de São Paulo

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Lei PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA nº 14.423, de 22.07.2022

Ementa

Altera a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, para substituir, em toda a Lei, as expressões “idoso” e “idosos” pelas expressões “pessoa idosa” e “pessoas idosas”, respectivamente.


PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º A ementa da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Dispõe sobre o Estatuto da Pessoa Idosa e dá outras providências.”

Art. 2º A Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 1º É instituído o Estatuto da Pessoa Idosa, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.” (NR)

“Art. 2º A pessoa idosa goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.” (NR)

“Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar à pessoa idosa, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

§ 1º …………………………………………………………………………………………………..

…………………………………………………………………………………………………………………..

III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à pessoa idosa;

IV – viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio da pessoa idosa com as demais gerações;

V – priorização do atendimento da pessoa idosa por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência;

VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços às pessoas idosas;

…………………………………………………………………………………………………………………..

§ 2º Entre as pessoas idosas, é assegurada prioridade especial aos maiores de 80 (oitenta) anos, atendendo-se suas necessidades sempre preferencialmente em relação às demais pessoas idosas.” (NR)

“Art. 4º Nenhuma pessoa idosa será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.

§ 1º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos da pessoa idosa.

…………………………………………………………………………………………………………..” (NR)

“Art. 7º Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais da Pessoa Idosa, previstos na Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994, zelarão pelo cumprimento dos direitos da pessoa idosa, definidos nesta Lei.” (NR)

“Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis.

…………………………………………………………………………………………………………………..

§ 3º É dever de todos zelar pela dignidade da pessoa idosa, colocando-a a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.” (NR)

“Art. 11. Os alimentos serão prestados à pessoa idosa na forma da lei civil.” (NR)

“Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo a pessoa idosa optar entre os prestadores.” (NR)

“Art. 14. Se a pessoa idosa ou seus familiares não possuírem condições econômicas de prover o seu sustento, impõe-se ao poder público esse provimento, no âmbito da assistência social.” (NR)

“Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde da pessoa idosa, por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente as pessoas idosas.

§ 1º A prevenção e a manutenção da saúde da pessoa idosa serão efetivadas por meio de:

…………………………………………………………………………………………………………………..

IV – atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se locomover, inclusive para as pessoas idosas abrigadas e acolhidas por instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e eventualmente conveniadas com o poder público, nos meios urbano e rural;

…………………………………………………………………………………………………………………..

§ 2º Incumbe ao poder público fornecer às pessoas idosas, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.

§ 3º É vedada a discriminação da pessoa idosa nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade.

§ 4º As pessoas idosas com deficiência ou com limitação incapacitante terão atendimento especializado, nos termos da lei.

§ 5º É vedado exigir o comparecimento da pessoa idosa enferma perante os órgãos públicos, hipótese na qual será admitido o seguinte procedimento:

I – quando de interesse do poder público, o agente promoverá o contato necessário com a pessoa idosa em sua residência; ou

II – quando de interesse da própria pessoa idosa, esta se fará representar por procurador legalmente constituído.

§ 6º É assegurado à pessoa idosa enferma o atendimento domiciliar pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pelo serviço público de saúde ou pelo serviço privado de saúde, contratado ou conveniado, que integre o SUS, para expedição do laudo de saúde necessário ao exercício de seus direitos sociais e de isenção tributária.

§ 7º Em todo atendimento de saúde, os maiores de 80 (oitenta) anos terão preferência especial sobre as demais pessoas idosas, exceto em caso de emergência.” (NR)

“Art. 16. À pessoa idosa internada ou em observação é assegurado o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério médico.

Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde responsável pelo tratamento conceder autorização para o acompanhamento da pessoa idosa ou, no caso de impossibilidade, justificá-la por escrito.” (NR)

“Art. 17. À pessoa idosa que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável.

Parágrafo único. Não estando a pessoa idosa em condições de proceder à opção, esta será feita:

I – pelo curador, quando a pessoa idosa for interditada;

II – pelos familiares, quando a pessoa idosa não tiver curador ou este não puder ser contactado em tempo hábil;

………………………………………………………………………………………………………….” (NR)

“Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento às necessidades da pessoa idosa, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de autoajuda.” (NR)

“Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra pessoas idosas serão objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária, bem como serão obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos:

………………………………………………………………………………………………………………….

III – Conselho Municipal da Pessoa Idosa;

IV – Conselho Estadual da Pessoa Idosa;

V – Conselho Nacional da Pessoa Idosa.

§ 1º Para os efeitos desta Lei, considera-se violência contra a pessoa idosa qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico.

………………………………………………………………………………………………………….” (NR)

“Art. 20. A pessoa idosa tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade.” (NR)

“Art. 21. O poder público criará oportunidades de acesso da pessoa idosa à educação, adequando currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais a ela destinados.

§ 1º Os cursos especiais para pessoas idosas incluirão conteúdo relativo às técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna.

§ 2º As pessoas idosas participarão das comemorações de caráter cívico ou cultural, para transmissão de conhecimentos e vivências às demais gerações, no sentido da preservação da memória e da identidade culturais.” (NR)

“Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização da pessoa idosa, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria.” (NR)

“Art. 23. A participação das pessoas idosas em atividades culturais e de lazer será proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinquenta por cento) nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como o acesso preferencial aos respectivos locais.” (NR)

“Art. 24. Os meios de comunicação manterão espaços ou horários especiais voltados às pessoas idosas, com finalidade informativa, educativa, artística e cultural, e ao público sobre o processo de envelhecimento.” (NR)

“Art. 25. ……………………………………………………………………………………………

Parágrafo único. O poder público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados à pessoa idosa, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da capacidade visual.” (NR)

“Art. 26. A pessoa idosa tem direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais e psíquicas.” (NR)

“Art. 27. Na admissão da pessoa idosa em qualquer trabalho ou emprego, são vedadas a discriminação e a fixação de limite máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir.

…………………………………………………………………………………………………………” (NR)

“Art. 28. ……………………………………………………………………………………………

I – profissionalização especializada para as pessoas idosas, aproveitando seus potenciais e habilidades para atividades regulares e remuneradas;

………………………………………………………………………………………………………………….

III – estímulo às empresas privadas para admissão de pessoas idosas ao trabalho.” (NR)

“Art. 33. A assistência social às pessoas idosas será prestada, de forma articulada, conforme os princípios e diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), na Política Nacional da Pessoa Idosa, no SUS e nas demais normas pertinentes.” (NR)

“Art. 34. Às pessoas idosas, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário mínimo, nos termos da Loas.

………………………………………………………………………………………………………….” (NR)

“Art. 35. …………………………………………………………………………………………….

§ 1º No caso de entidade filantrópica, ou casa-lar, é facultada a cobrança de participação da pessoa idosa no custeio da entidade.

§ 2º O Conselho Municipal da Pessoa Idosa ou o Conselho Municipal da Assistência Social estabelecerá a forma de participação prevista no § 1º deste artigo, que não poderá exceder a 70% (setenta por cento) de qualquer benefício previdenciário ou de assistência social percebido pela pessoa idosa.

………………………………………………………………………………………………………….” (NR)

“Art. 36. O acolhimento de pessoas idosas em situação de risco social, por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência econômica, para os efeitos legais.” (NR)

“Art. 37. A pessoa idosa tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhada de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou privada.

…………………………………………………………………………………………………………………

§ 2º Toda instituição dedicada ao atendimento à pessoa idosa fica obrigada a manter identificação externa visível, sob pena de interdição, além de atender toda a legislação pertinente.

§ 3º As instituições que abrigarem pessoas idosas são obrigadas a manter padrões de habitação compatíveis com as necessidades delas, bem como provê-las com alimentação regular e higiene indispensáveis às normas sanitárias e com estas condizentes, sob as penas da lei.” (NR)

“Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, a pessoa idosa goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, observado o seguinte:

I – reserva de pelo menos 3% (três por cento) das unidades habitacionais residenciais para atendimento às pessoas idosas;

II – implantação de equipamentos urbanos comunitários voltados à pessoa idosa;

III – eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para garantia de acessibilidade à pessoa idosa;

…………………………………………………………………………………………………………………

Parágrafo único. As unidades residenciais reservadas para atendimento a pessoas idosas devem situar-se, preferencialmente, no pavimento térreo.” (NR)

“Art. 39. ……………………………………………………………………………………………

§ 1º Para ter acesso à gratuidade, basta que a pessoa idosa apresente qualquer documento pessoal que faça prova de sua idade.

§ 2º Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão reservados 10% (dez por cento) dos assentos para as pessoas idosas, devidamente identificados com a placa de reservado preferencialmente para pessoas idosas.

…………………………………………………………………………………………………………….” (NR)

“Art. 40. ……………………………………………………………………………………………..

I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para pessoas idosas com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários mínimos;

II – desconto de 50% (cinquenta por cento), no mínimo, no valor das passagens, para as pessoas idosas que excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários mínimos.

……………………………………………………………………………………………………………” (NR)

“Art. 41. É assegurada a reserva para as pessoas idosas, nos termos da lei local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade à pessoa idosa.” (NR)

“Art. 42. São asseguradas a prioridade e a segurança da pessoa idosa nos procedimentos de embarque e desembarque nos veículos do sistema de transporte coletivo.” (NR)

“Art. 43. As medidas de proteção à pessoa idosa são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:

…………………………………………………………………………………………………………..” (NR)

“Art. 44. As medidas de proteção à pessoa idosa previstas nesta Lei poderão ser aplicadas, isolada ou cumulativamente, e levarão em conta os fins sociais a que se destinam e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.” (NR)

“Art. 45. ……………………………………………………………………………………………..

……………………………………………………………………………………………………………………

IV – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a usuários dependentes de drogas lícitas ou ilícitas, à própria pessoa idosa ou à pessoa de sua convivência que lhe cause perturbação;

…………………………………………………………………………………………………………..” (NR)

“‘TÍTULO IV

Da Política de Atendimento à Pessoa Idosa’

…………………………………………………………………………………………………………………..

‘Art. 46. A política de atendimento à pessoa idosa far-se-á por meio do conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.’ (NR)

‘Art. 47. …………………………………………………………………………………………….

………………………………………………………………………………………………………………….

IV – serviço de identificação e localização de parentes ou responsáveis por pessoas idosas abandonados em hospitais e instituições de longa permanência;

V – proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos das pessoas idosas;

VI – mobilização da opinião pública no sentido da participação dos diversos segmentos da sociedade no atendimento da pessoa idosa.’ (NR)

‘CAPÍTULO II

Das Entidades de Atendimento à Pessoa Idosa’

‘Art. 48. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias unidades, observadas as normas de planejamento e execução emanadas do órgão competente da Política Nacional da Pessoa Idosa, conforme a Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994.

Parágrafo único. As entidades governamentais e não governamentais de assistência à pessoa idosa ficam sujeitas à inscrição de seus programas perante o órgão competente da Vigilância Sanitária e o Conselho Municipal da Pessoa Idosa e, em sua falta, perante o Conselho Estadual ou Nacional da Pessoa Idosa, especificando os regimes de atendimento, observados os seguintes requisitos:

…………………………………………………………………………………………………………..’ (NR)

‘Art. 49. …………………………………………………………………………………………….

………………………………………………………………………………………………………………….

III – manutenção da pessoa idosa na mesma instituição, salvo em caso de força maior;

IV – participação da pessoa idosa nas atividades comunitárias, de caráter interno e externo;

V – observância dos direitos e garantias das pessoas idosas;

VI – preservação da identidade da pessoa idosa e oferecimento de ambiente de respeito e dignidade.

Parágrafo único. O dirigente de instituição prestadora de atendimento à pessoa idosa responderá civil e criminalmente pelos atos que praticar em detrimento da pessoa idosa, sem prejuízo das sanções administrativas.’ (NR)

‘Art. 50. …………………………………………………………………………………………….

I – celebrar contrato escrito de prestação de serviço com a pessoa idosa, especificando o tipo de atendimento, as obrigações da entidade e prestações decorrentes do contrato, com os respectivos preços, se for o caso;

II – observar os direitos e as garantias de que são titulares as pessoas idosas;

………………………………………………………………………………………………………………….

VIII – proporcionar cuidados à saúde, conforme a necessidade da pessoa idosa;

………………………………………………………………………………………………………………….

XII – comunicar à autoridade competente de saúde toda ocorrência de pessoa idosa com doenças infectocontagiosas;

………………………………………………………………………………………………………………….

XIV – fornecer comprovante de depósito dos bens móveis que receberem das pessoas idosas;

XV – manter arquivo de anotações no qual constem data e circunstâncias do atendimento, nome da pessoa idosa, responsável, parentes, endereços, cidade, relação de seus pertences, bem como o valor de contribuições, e suas alterações, se houver, e demais dados que possibilitem sua identificação e a individualização do atendimento;

………………………………………………………………………………………………………….’ (NR)

‘Art. 51. As instituições filantrópicas ou sem fins lucrativos prestadoras de serviço às pessoas idosas terão direito à assistência judiciária gratuita.’ (NR)

………………………………………………………………………………………………………………….

‘Art. 52. As entidades governamentais e não governamentais de atendimento à pessoa idosa serão fiscalizadas pelos Conselhos da Pessoa Idosa, Ministério Público, Vigilância Sanitária e outros previstos em lei.’ (NR)

………………………………………………………………………………………………………………….

‘Art. 55. …………………………………………………………………………………………….

………………………………………………………………………………………………………………….

II – …………………………………………………………………………………………………….

………………………………………………………………………………………………………………….

e) proibição de atendimento a pessoas idosas a bem do interesse público.

§ 1º Havendo danos às pessoas idosas abrigadas ou qualquer tipo de fraude em relação ao programa, caberá o afastamento provisório dos dirigentes ou a interdição da unidade e a suspensão do programa.

………………………………………………………………………………………………………………….

§ 3º Na ocorrência de infração por entidade de atendimento que coloque em risco os direitos assegurados nesta Lei, será o fato comunicado ao Ministério Público, para as providências cabíveis, inclusive para promover a suspensão das atividades ou dissolução da entidade, com a proibição de atendimento a pessoas idosas a bem do interesse público, sem prejuízo das providências a serem tomadas pela Vigilância Sanitária.

§ 4º Na aplicação das penalidades, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para a pessoa idosa, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes da entidade.’ (NR)

………………………………………………………………………………………………………………….

‘Art. 56. …………………………………………………………………………………………….

Parágrafo único. No caso de interdição do estabelecimento de longa permanência, as pessoas idosas abrigadas serão transferidas para outra instituição, a expensas do estabelecimento interditado, enquanto durar a interdição.’ (NR)

‘Art. 57. Deixar o profissional de saúde ou o responsável por estabelecimento de saúde ou instituição de longa permanência de comunicar à autoridade competente os casos de crimes contra pessoa idosa de que tiver conhecimento:

………………………………………………………………………………………………………… ‘ (NR)

‘Art. 58. Deixar de cumprir as determinações desta Lei sobre a prioridade no atendimento à pessoa idosa:

Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 1.000,00 (mil reais) e multa civil a ser estipulada pelo juiz, conforme o dano sofrido pela pessoa idosa.’ (NR)

‘CAPÍTULO V

Da Apuração Administrativa de Infração às Normas de Proteção à Pessoa Idosa’

………………………………………………………………………………………………………………….

‘Art. 60. O procedimento para a imposição de penalidade administrativa por infração às normas de proteção à pessoa idosa terá início com requisição do Ministério Público ou auto de infração elaborado por servidor efetivo e assinado, se possível, por 2 (duas) testemunhas.

…………………………………………………………………………………………………………..’ (NR)

……………………………………………………………………………………………………………………

‘Art. 62. Havendo risco para a vida ou à saúde da pessoa idosa, a autoridade competente aplicará à entidade de atendimento as sanções regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério Público ou pelas demais instituições legitimadas para a fiscalização.’ (NR)

……………………………………………………………………………………………………………………

‘Art. 65. O procedimento de apuração de irregularidade em entidade governamental e não governamental de atendimento à pessoa idosa terá início mediante petição fundamentada de pessoa interessada ou iniciativa do Ministério Público.’ (NR)

‘Art. 66. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar liminarmente o afastamento provisório do dirigente da entidade ou outras medidas que julgar adequadas, para evitar lesão aos direitos da pessoa idosa, mediante decisão fundamentada.’ (NR)

…………………………………………………………………………………………………………………..”

“Art. 70. O poder público poderá criar varas especializadas e exclusivas da pessoa idosa.” (NR)

“Art. 71. ……………………………………………………………………………………………..

……………………………………………………………………………………………………………………

§ 4º Para o atendimento prioritário, será garantido à pessoa idosa o fácil acesso aos assentos e caixas, identificados com a destinação a pessoas idosas em local visível e caracteres legíveis.

§ 5º Dentre os processos de pessoas idosas, dar-se-á prioridade especial aos das maiores de 80 (oitenta) anos.” (NR)

“Art. 74. ……………………………………………………………………………………………..

I – instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos direitos e interesses difusos ou coletivos, individuais indisponíveis e individuais homogêneos da pessoa idosa;

II – promover e acompanhar as ações de alimentos, de interdição total ou parcial, de designação de curador especial, em circunstâncias que justifiquem a medida e oficiar em todos os feitos em que se discutam os direitos das pessoas idosas em condições de risco;

III – atuar como substituto processual da pessoa idosa em situação de risco, conforme o disposto no art. 43 desta Lei;

IV – promover a revogação de instrumento procuratório da pessoa idosa, nas hipóteses previstas no art. 43 desta Lei, quando necessário ou o interesse público justificar;

……………………………………………………………………………………………………………………

VI – instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, para a apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção à pessoa idosa;

VII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados à pessoa idosa, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;

……………………………………………………………………………………………………………………

X – referendar transações envolvendo interesses e direitos das pessoas idosas previstos nesta Lei.

……………………………………………………………………………………………………………………

§ 3º O representante do Ministério Público, no exercício de suas funções, terá livre acesso a toda entidade de atendimento à pessoa idosa.” (NR)

“Art. 79. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados à pessoa idosa, referentes à omissão ou ao oferecimento insatisfatório de:

…………………………………………………………………………………………………………………..

II – atendimento especializado à pessoa idosa com deficiência ou com limitação incapacitante;

III – atendimento especializado à pessoa idosa com doença infectocontagiosa;

IV – serviço de assistência social visando ao amparo da pessoa idosa.

Parágrafo único. As hipóteses previstas neste artigo não excluem da proteção judicial outros interesses difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos, próprios da pessoa idosa, protegidos em lei.” (NR)

“Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do domicílio da pessoa idosa, cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa, ressalvadas as competências da Justiça Federal e a competência originária dos Tribunais Superiores.” (NR)

“Art. 84. Os valores das multas previstas nesta Lei reverterão ao Fundo da Pessoa Idosa, onde houver, ou na falta deste, ao Fundo Municipal de Assistência Social, ficando vinculados ao atendimento à pessoa idosa.

………………………………………………………………………………………………………….” (NR)

“Art. 87. Decorridos 60 (sessenta) dias do trânsito em julgado da sentença condenatória favorável à pessoa idosa sem que o autor lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada igual iniciativa aos demais legitimados, como assistentes ou assumindo o polo ativo, em caso de inércia desse órgão.” (NR)

“Art. 90. Os agentes públicos em geral, os juízes e tribunais, no exercício de suas funções, quando tiverem conhecimento de fatos que possam configurar crime de ação pública contra a pessoa idosa ou ensejar a propositura de ação para sua defesa, devem encaminhar as peças pertinentes ao Ministério Público, para as providências cabíveis.” (NR)

“Art. 96. …………………………………………………………………………………………….

…………………………………………………………………………………………………………………..

§ 3º Não constitui crime a negativa de crédito motivada por superendividamento da pessoa idosa.” (NR)

“Art. 97. Deixar de prestar assistência à pessoa idosa, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de autoridade pública:

………………………………………………………………………………………………………….” (NR)

“Art. 98. Abandonar a pessoa idosa em hospitais, casas de saúde, entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou mandado:

…………………………………………………………………………………………………………..” (NR)

“Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, da pessoa idosa, submetendo-a a condições desumanas ou degradantes ou privando-a de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado:

…………………………………………………………………………………………………………. ” (NR)

“Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em que for parte ou interveniente a pessoa idosa:

…………………………………………………………………………………………………………..” (NR)

“Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento da pessoa idosa, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade:

……………………………………………………………………………………………………………” (NR)

“Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência da pessoa idosa, como abrigada, por recusa desta em outorgar procuração à entidade de atendimento:

……………………………………………………………………………………………………………” (NR)

“Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão da pessoa idosa, bem como qualquer outro documento com objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida:

…………………………………………………………………………………………………………..” (NR)

“Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicação, informações ou imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa idosa:

………………………………………………………………………………………………………… ” (NR)

“Art. 107. Coagir, de qualquer modo, a pessoa idosa a doar, contratar, testar ou outorgar procuração:

…………………………………………………………………………………………………………..” (NR)

“Art. 115. O Orçamento da Seguridade Social destinará ao Fundo Nacional de Assistência Social, até que o Fundo Nacional da Pessoa Idosa seja criado, os recursos necessários, em cada exercício financeiro, para aplicação em programas e ações relativos à pessoa idosa.” (NR)

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de julho de 2022; 201º da Independência e 134º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO

Cristiane Rodrigues Britto

Fonte: INR Publicações

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Provimento regulamenta a realização de atos de comunicação processual pelo Serviço de Registro de Títulos e Documentos

A Corregedoria -Geral da Justiça expediu provimento regulamentando a realização de atos de comunicação processual pelo Serviço de Registros de Títulos e Documentos (SRTD).

O artigo primeiro do documento indica que os titulares e interinos dos Serviços de Registros de Títulos e Documentos ficam autorizados a praticar os atos de comunicação processual no âmbito do Poder Judiciário do RS, quando deferido pelo Juiz competente nos autos dos respectivos processos.

Ficam de fora dessa autorização, segundo o regulamento, “os atos de constrição de bens, condução coercitiva, prisão, busca e apreensão, bem como aqueles que demandem maior complexidade”. Ainda, deverá o Advogado da parte interessada manifestar nos autos do processo a opção pela comunicação via SRTD, cabendo ao magistrado responsável decidir pela aplicabilidade.

O provimento, assinado pelo Corregedor-Geral da Justiça, Desembargador Giovanni Conti, está publicado na edição desta sexta-feira (22/7) do Diário da Justiça Eletrônico, e passa a vigorar em 30 dias.

Para a íntegra, com as demais normas e orientações, acesse o Provimento Nº 30/2022-CGJ

Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul

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