MT: Em seis meses, mais de R$ 253 mi em dívidas foram recuperadas no Ceará

Com a inadimplência atingindo mais de 63 milhões de consumidores no País, segundo dados da Serasa, cresce também o número de empresas e órgãos públicos que buscam recuperar crédito. Em seis meses, mais de R$ 253 milhões em dívidas nos cartórios do Ceará foram recuperados por meio de protesto extrajudicial. O montante equivale a 42,05% do valor cobrado em 197,2 mil títulos registrados no período, conforme levantamento do Instituto de Estudo de Protestos de Títulos do Brasil no Ceará (IEPTB-CE).

Um protesto é quando uma pessoa ou empresa deixa de pagar algum título e o credor registra essa dívida em cartório. De março a maio deste ano, os cartórios cearenses receberam 9,4 mil processos a mais que o trimestre imediatamente anterior. E a taxa de recuperação dos débitos aumentou de 19,05% para 30,87% no período.O presidente do IEPTB-CE, Samuel Araripe, explica que a modalidade tem sido muito utilizada por credores justamente por evitar a prescrição e ser a forma mais rápida de executar uma dívida. Hoje as restrições ao crédito caducam em cinco anos.Ele explica que dentre os fatores que têm impulsionado este movimento está a mudança na lei, no ano passado, que acabou com a cobrança prévia das taxas de emolumentos ao credor. Agora, os encargos são assumidos pelo inadimplente ao fim do processo. “Para o credor o custo é zero”.Ele pondera, no entanto, que para o consumidor inadimplente a negociação do protesto também é vantajosa, porque a cobrança da dívida é mais transparente. “Inclusive, se está ocorrendo juros abusivos ou não”.O diretor do IEPTB, Carlos Guimarães, reforça que esta é uma forma também de desafogar a Justiça. Ele destaca que a maior parte das ações de execução tem valor abaixo de R$ 3 mil. “E uma dívida de R$ 1 mil na Justiça tem um custo processual de mais de R$ 3 mil. Isso sem contar que enquanto no protesto do cartório ele tem a chance de recuperar o dinheiro em apenas três dias úteis após a intimação do devedor. Na Justiça, uma ação de execução pode levar três, cinco anos”.No Ceará, dos 197,2 mil protestos registrados de dezembro de 2018 a maio deste ano, 64,3 mil foram formalizados nos cartórios da Capital. O levantamento feito pelo IEPTB mostra que a taxa de resolutividade dos casos é maior entre protestos formalizados no setor privado, 52,23%, do que com órgãos públicos (24,29%). Segundo ele, isso ocorre porque geralmente a dívida ativa de Prefeitura, Estado e União é mais antiga e os protestos dependem da notificação do devedor. “E muitas vezes, aquele devedor já mudou de endereço”.

Para registrar um protesto sobre um título não pago, o credor deve se dirigir a um cartório de protestos ou procurar o Instituto de Protesto do seu Estado. Após esta etapa, a cobrança passa a ter validade e eficácia jurídica para executar judicialmente a dívida; requerer falência, ou aguardar que um dia o devedor venha resgatar o título ao efetuar seu pagamento. O protesto é formalizado em até três dias úteis contados da protocolização do título ou documento da dívida. Neste caso, além da dívida, o devedor ainda tem que pagar os custos de serviço que segue tabela estabelecida pelo Tribunal de Justiça do Estado.

Fonte: IEPTB/MT

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MT: Anoreg/MT comunica que CEI está apta para atender o Provimento 14/2019

A diretoria da Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso (Anoreg-MT) informa a toda a classe que a Central Eletrônica de Integração e Informações (CEI) está apta para atender o Provimento 14/2019, da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ-MT). O documento acrescenta a Subseção I à Seção II (Da abertura da matrícula) do Capítulo II (Da matrícula) do Título IX (Dos serviços de registro de imóveis).

“Esse provimento trata sobre a comunicação entre oficiais de registro na prática de atos registrários em razão da transferência de matrícula para outra circunscrição imobiliária por alteração da competência territorial ou quaisquer outras formas previstas em lei. Agora, todo esse procedimento pode ser feito por meio da CEI, ou seja, a comunicação entre as serventias ficou mais fácil e célere”, resume o presidente da Associação, José de Arimatéia Barbosa.

O registrador de imóveis do 1º Ofício de Tapurah e secretário adjunto da Anoreg-MT, Elmucio Jacinto Moreira, destaca que o provimento trata dos procedimentos de transferências de matrículas de uma comarca à outra, naqueles casos em que há um deslocamento de competência territorial. “Isso implica dizer que em algumas situações fáticas ou jurídicas o imóvel passa a pertencer a outra circunscrição imobiliária. Exemplo disso é quando através de um procedimento de georreferenciamento, se descobre que o imóvel encontra-se localizado dentro do município lindeiro e não daquele onde está matriculado. Uma outra hipótese se dá nos casos de alteração da Lei de Organização Judiciária, quando um município passa a integrar outra comarca. Há também os casos de desdobramento de município em razão de criação de nova comarca, pelo qual se desloca toda a competência territorial, de forma que as matrículas devem ser transferidas à nova comarca. Uma última hipótese se dá naqueles casos em que a parte interessada obtém do Intermat uma certidão de localização do imóvel rural e esta certidão confirma que o imóvel está localizado em outro município diferente daquele que se encontra matriculado e, nesse caso, a parte interessada requer a transferência da matricula para o cartório da nova circunscrição territorial”.

Ele esclarece que “esses procedimentos de transferências de matrículas entre cartórios, antes do Provimento 14/2019, em razão de uma lacuna na Lei de Registros Públicos, davam margem à possibilidade de duplicidade momentânea da mesma matricula em dois cartórios distintos. Com isso, falsários e estelionatários se aproveitavam para perpetrar crimes, pois entre o lapso do procedimento de transferência, oneravam a matrícula de origem ao mesmo tempo em que a transferia à nova circunscrição sem que se pudesse fazer a transposição do ônus anterior. Com o novo provimento em vigor, essa comunicação de transferência é feita de forma online através da CEI-ANOREG e, com isso, não há mais espaços para cometimento de crimes, passando então a dar plena segurança jurídica às transferências de matrícula, corrigindo uma lacuna há muito existente na Lei de Registros Públicos, de forma que esse modelo de provimento adotado pela Corregedoria da Justiça do Mato Grosso é de vanguarda e poderá ser adotado por todo o Brasil em nome da segurança jurídica”.

Conforme o provimento, o oficial de registro, ao receber o pedido de transferência para sua serventia, deverá comunicar ao oficial de registro da comarca de origem por escrito e por intermédio da CEI, no prazo máximo de 24 horas, contados do primeiro dia útil à data constante no identificador de remessa eletrônica. Caso a serventia não disponha de internet no município ou apresente conexão precária terá o prazo de comunicação diferenciado para efetuar a comunicação, qual seja, três dias úteis, admitida sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias da localidade assim o exigirem.

Visando facilitar o trabalho dos registradores de imóveis, a Anoreg-MT criou três modelos de comunicados para transferências de matrículas de uma serventia à outra. Eles estão inseridos dentro da CEI e podem ser acessados a qualquer hora.

Confira aqui a íntegra do provimento.

Fonte: Anoreg/MT

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Senado: Famílias pobres poderão ter escritura de imóvel mesmo sem o habite-se

Segue para sanção presidencial o projeto de lei do senador Irajá (PSD-TO), que permite a regularização de imóveis de famílias de baixa renda sem o habite-se, desde que sejam casas térreas construídas há mais de cinco anos em áreas ocupadas predominantemente por população de baixa renda (PLC 164/2015). O relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), destacou que esse projeto vai permitir que famílias possam registrar suas moradias até mesmo para a venda. Segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, mais de 7 milhões de famílias serão beneficiadas com o projeto que vai à sanção presidencial. A matéria foi aprovada por unanimidade pelo Plenário na última terça-feira (9). A reportagem é de Hérica Christian, da Rádio Senado.

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Fonte: Senado

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