TJ/AP: Reunião estreita relação entre Corregedoria dos Cartórios e Conselhos Tutelares

A juíza Liége Cristina de Vasconcelos Ramos Gomes, titular da 1ª Vara Cível e de Fazenda Pública da Comarca de Macapá e Corregedora Permanente dos Cartórios Extrajudiciais, e a promotora de Justiça Eliana Mena Cavalcante, estiveram reunidas com as presidentes dos Conselhos Tutelares de Macapá, Huelma Correa Medeiros (zona Sul) e Martinha Souza dos Santos (Zona Norte), para estreitar laços de cooperação e buscar esclarecimentos de como ocorrem as práticas cartorárias na emissão de assentos (registros de nascimento e óbitos) bem como a realização do registro de recém-nascido nas maternidades públicas de Macapá. O encontro ocorreu na última sexta-feira (6).

Na reunião também foi discutida a situação dos registros de nascimento das crianças e adolescentes em situação de risco social e que precisam de abrigamento; gratuidade de atos e indicação das demandas atendidas nos plantões extrajudiciais.

A juíza Liége Gomes disse que o momento serviu ainda para informar quais as atribuições dos cartórios extrajudiciais e dos conselhos tutelares permitindo com isso que o trânsito das informações seja mais fidedigno e ágil entre os órgãos que fazem a rede de proteção à criança e ao adolescente.

“Nós estamos na era digital que facilita uma comunicação mais ágil e segura, portanto essa troca de informação também tem que ser por meio de malote, e-mail ou outra forma mais rápida e com baixo custo tanto para os conselhos quanto para os cartórios”, afirmou a magistrada.

Ainda como resultado da reunião, a juíza Corregedora fará uma visita ao Hospital da Mulher Maternidade Mãe Luzia na quinta-feira (12), às 10 horas, para saber como está o processo de emissão de registros de nascimento ou óbito pelo cartório daquela unidade.

Fonte: Anoreg/BR – TJ/AP | 11/04/2018.

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TJ/RJ: Representantes dos cartórios extrajudiciais se reúnem com Nupemec

Com o objetivo de discutir o Provimento nº 67 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que autorizou os cartórios a oferecer serviço de mediação e conciliação, atividade antes exclusiva do Judiciário, o presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), desembargador Cesar Cury, se reuniu nesta terça-feira, dia 10, com representantes da Associação dos Notários e Registradores do Estado do Rio de Janeiro (Anoreg-RJ).

“Esse é um primeiro diálogo a partir da Resolução do CNJ que autoriza os cartórios extrajudiciais a realizarem mediação e conciliação. O objetivo dessa reunião é iniciarmos uma aproximação para entendermos melhor essa legislação e começarmos a desenhar uma futura parceria para apresentarmos à Corregedoria Geral de Justiça e à Presidência do Tribunal”, explicou o desembargador Cesar Cury.

De acordo com o artigo 4º do Provimento nº 67 do CNJ, “O processo de autorização dos serviços notariais e de registro para a realização de conciliação e de mediação deverá ser regulamentado pelos Núcleos Permanentes de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos e pelas corregedorias-gerais de justiça (CGJ) dos Estados e do Distrito Federal e dos Territórios”.

Diretor da Escola de Notários e Registradores do Estado do Rio de Janeiro (Enoreg) e titular do 2º Ofício da Comarca de Itaboraí, Marcelo Fabião comemorou a decisão do CNJ, considerando a reunião como ponto de partida para uma parceria de sucesso com o Tribunal de Justiça, através do Nupemec.

“A Anoreg e a Enoreg consideram fundamental a participação dos notários e registradores no processo de elaboração dos atos normativos que visem regulamentar a prática da mediação e conciliação no âmbito do Estado do Rio de Janeiro. É um passo importante para dar transparência e maior controle da Corregedoria sobre os cartórios. Estamos aptos a desenvolver esse trabalho após concluirmos a formação de 95 conciliadores e mediadores, e chegou o momento de implementar a parte prática. Vemos com muito otimismo essa participação ao lado do Nupemec, da Corregedoria e do Tribunal de Justiça”, considerou.

Titular do cartório do 4º distrito de Petrópolis-Pedro do Rio, Cristian-Maria Henrichs acredita que a autorização do CNJ vai ampliar, ainda mais, o papel dos cartórios extrajudiciais no atendimento à população.

“Na medida em que as serventias extrajudiciais já atuam hoje como instrumento de auxílio ao cidadão para obtenção de todos os exercícios de direito, desde o registro de nascimento até a obtenção de registro de propriedade privada, agora podemos também nos tornar instrumento de pacificação social. Com a decisão do CNJ, agora as pessoas que tenham conflitos poderão levá-los às serventias extrajudiciais para tentarem, através do diálogo, obter um acordo para seus problemas cotidianos”, considerou.

Fonte: Anoreg/BR – TJ/RJ | 11/04/2018.

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STJ: Terceira Turma admite mudança de sexo no registro civil de transexual não operado

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou o entendimento já adotado pela Quarta Turma – e recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (ADI 4.275) – de que é possível alterar nome e sexo que constam no registro civil de transexual que não passou por cirurgia de redesignação sexual. Com essa decisão, agora as duas turmas de direito privado do STJ compartilham a mesma posição do STF sobre o tema.

A autora do recurso julgado na Terceira Turma alegou que a alteração do registro seria necessária para evitar os constrangimentos e humilhações que sofria, além de facilitar sua inclusão social e profissional, já que possui aparência feminina em razão dos hormônios que tomou.

Em primeira instância, a sentença permitiu a modificação. Ao apelar para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o Ministério Público sustentou que o registro civil deve refletir a identidade biológica da pessoa, “como homem ou mulher”, admitindo-se a alteração apenas mediante a realização de cirurgia de transgenitalização.

O tribunal fluminense reformou a sentença e negou o pedido de alteração do sexo civil, entendendo que o registro deveria espelhar a “sexualidade morfológica”.

Segundo o relator do recurso no STJ, ministro Paulo de Tarso Sanseverino, a Lei de Registros Públicos “não contém norma que autorize a modificação do sexo civil, contendo apenas autorização para se modificar o prenome, nos casos de substituição por ‘apelidos públicos notórios’, ou no caso de exposição ao ridículo”.

Todavia, de acordo com ele, a Terceira Turma firmou entendimento de que o transexual transgenitalizado tem direito de alterar não só o prenome, como também o sexo civil no seu registro, entendimento que foi estabelecido em julgamento de recurso especial relatado pela ministra Nancy Andrighi em outubro de 2009.

Avanço jurisprudencial

Sanseverino citou outro caso em que, segundo ele, houve um significativo avanço jurisprudencial: na Quarta Turma, em recurso julgado em maio de 2017 sob a relatoria do ministro Luis Felipe Salomão, foi admitida a alteração do sexo civil independentemente da cirurgia de mudança de sexo. O caso envolvia uma transexual não transgenitalizada que pretendia alterar o sexo civil de masculino para feminino.

Naquele precedente, Salomão fez referência ao direito à identidade, que consiste no direito de a pessoa ser como verdadeiramente é, e assim ser respeitada pelos outros, sem ter que se enquadrar em padrões de vida predefinidos.

Ao julgar o recurso que relatou na Terceira Turma, Sanseverino considerou que o registro que expressa um gênero com o qual a pessoa não se identifica é socialmente falho, “pois não cumpre seu papel de trazer segurança às relações jurídicas”.

O ministro afirmou também que a discrepância entre o prenome de um determinado gênero e o sexo indicado no documento expõe a pessoa ao ridículo, uma das situações em que a Lei dos Registros Públicos admite a mudança de nome.

Sanseverino ainda ressaltou, mencionando o julgado de outubro de 2009, que essa divergência de identidade sexual causa, segundo a literatura médica, intenso sofrimento psíquico, podendo levar a tentativas de automutilação e até mesmo de autoextermínio.

Para Sanseverino, em respeito à dignidade da pessoa humana, não existe alternativa, do ponto de vista jurídico, senão permitir a alteração do sexo civil no caso dos autos.

Fonte: STJ | 11/04/2018.

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