Renato Dolci falou sobre novas tecnologias voltadas para os negócios e frisou a importância da ferramenta para a evolução dos cartórios durante sua palestra na 16ª Convergência.
Cabo de Santo Agostinho (PE) – Cada vez mais, as novas tecnologias criadas a partir da enorme profusão de dados estão mudando não apenas a forma como as empresas se relacionam com seus clientes, mas modelos de negócios, eficiência, redução de custos e transparência. A partir dessa premissa, é que o cientista político, sociólogo, economista e econometrista Renato de Carvalho Dolci falou sobre o tema “Novas tecnologias e geração de valor na era do big data”, durante o segundo dia da 16ª Convergência, encontro nacional de Tabeliães de Protesto de Títulos, que ocorreu entre os dias 19 e 21 de setembro na cidade de Cabo de Santo Agostinho, região metropolitana de Recife (PE).
Dentre os temas que o economista abordou durante a sua fala, foi explorado o universo da blockchain e a possibilidade de aplicá-la aos cartórios de protesto. Segundo ele, a blockchain é extremamente complementar e faz todo sentido, já que a tecnologia pode auxiliar o negócio e não substituí-lo.
“A blockchain nasceu do conceito de segurança, desenvolvido por hackers. Obcecados por segurança, os hackers perceberam que estavam transitando em um ambiente em que as informações geradas no seu computador passam por um cabo e, portanto, são rastreáveis. A ideia dos hackers foi então obstruir o caminho para não se saber a origem desse acesso. Apesar de ser público, a blockchain é inviolável. Ela descentraliza todas as informações de propósito”, explicou o especialista em tecnologia.
“A grande vantagem de se utilizar a blockchain é você não ter intermediários no meio do caminho. Essa tecnologia não pode ser atacada por um hacker do ponto de vista de software, já que a informação está dividida em milhares de pedaços. A blockchain pode fornecer mais transparência, autenticidade, segurança e eficácia para os cartórios”, afirmou o palestrante.
Especialista em data science e transformação digital com experiência em desenvolvimento de pesquisa sobre o comportamento online, Renato Dolci já desenvolveu diversos algoritmos para análise de dados. Durante a sua palestra, o profissional explicou que começou a trabalhar em um banco de investimento na França com econometria – estatística aplicada à economia – e percebeu que podia utilizar dados de internet em suas análises para fazer com que seus modelos ficassem melhores.
“Hoje em dia a tecnologia não é algo que você precisa ser um especialista e um perito. Tecnologia já permeia todos os nossos relacionamentos. A sociologia me ajuda mais a entender a tecnologia do que necessariamente o conhecimento técnico que eu adquiri sobre o assunto”, comentou o sociólogo, que ajudou a escrever a relatoria da nova lei de proteção de dados, aprovada recentemente pelo presidente Michel Temer.
Para o econometrista, a produção de dados e informações vem crescendo de forma assustadora no mundo. O grande problema, segundo ele, é que não há um acompanhamento das ferramentas para analisar essas informações e esses dados.
Fonte: INR Publicações – Jornal do Protesto | 26/09/2018.
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