Câmara: Comissão aprova projeto que desobriga empresas de contratar 2/3 de brasileiros

Texto revoga ainda parte da CLT que prevê, nos casos de falta de serviço, a dispensa de estrangeiros antes dos brasileiros.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviço aprovou o Projeto de Lei 2456/19, que acaba com a reserva obrigatória hoje prevista na legislação para contratação de brasileiros por empresas em geral.

Ao mesmo tempo, a proposta em tramitação na Câmara dos Deputados estabelece tratamento favorecido junto ao poder público para as firmas instaladas no País que contratarem trabalhadores brasileiros por vontade própria.

O relator, deputado Vinicius Carvalho (REPUBLICANOS-SP), recomendou a aprovação. “Embora o protecionismo esteja aumentando na economia mundial, acredito que o Brasil pode ser diferente”, disse. “Podemos liberalizar a economia e manter fronteiras e mercados abertos, inclusive para os trabalhadores estrangeiros.”

A proposta, do deputado Marcos Pereira (REPUBLICANOS-SP), altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452/43), que estabelece a contratação de pelo menos 2/3 de brasileiros pelas empresas. Revoga ainda parte da CLT que prevê, nos casos de falta de serviço, a dispensa de estrangeiros antes dos brasileiros.

Segundo Pereira, a CLT não está em consonância com a Constituição de 1988, que preza pela livre iniciativa e pela livre concorrência, garantindo aos brasileiros e estrangeiros residentes no País o direito à igualdade de tratamento.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

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Jornal do Protesto: Quem tem mais de R$ 5.000 no fundo Pasep já pode sacar valor

O pagamento foi liberado para quem tem conta corrente ou poupança na Caixa Econômica Federal.

Começou na quinta-feira (22.08) o saque das cotas do fundo Pasep para quem não tem conta no Banco do Brasil e possui saldo maior do que R$ 5.000. Segundo o banco, os cotistas podem pegar o dinheiro pessoalmente nas agências do BB. O fundo Pasep é para servidores públicos. O saque não tem data para acabar.

O saque já havia sido liberado para quem tem conta no BB e para quem não tem conta no banco e tem menos de R$ 5.000 no fundo. Para quem trabalhou no setor privado, o saque é do fundo PIS. O pagamento já foi liberado para quem tem conta corrente ou poupança na Caixa Econômica Federal. Quem não é cliente da Caixa começará a receber depois, conforme a idade.

Tem direito ao saque do fundo PIS/Pasep quem trabalhou com carteira assinada entre 1971 e 1988 e ainda não retirou os recursos. Quem trabalhou nesse período em empresa privada tem cota no PIS, enquanto quem atuou em órgão público tem cota no Pasep.

Como sacar?

Para os servidores públicos (Pasep), os saques deverão ser feitos pelo Banco do Brasil. Quem não tiver conta no banco poderá fazer a transferência (TED) sem custo no valor de até R$ 5.000 para outra instituição. A transferência poderá ser feita pela internet, por meio do site do BB ou pelos terminais de autoatendimento do banco. Saques acima de R$ 5.000 só podem ser feitos nas agências do BB.

Para trabalhadores de empresas privadas (PIS), os saques poderão ser feitos nas casas lotéricas, representantes Caixa Aqui e caixas eletrônicos da Caixa com o uso do Cartão Cidadão e senha. Quem não tiver o cartão, poderá sacar no balcão de atendimento nas agências da Caixa.

Para tirar dúvidas sobre o saque das cotas do PIS, o banco disponibilizou a página www.caixa.gov.br/cotaspis, além do aplicativo Caixa Trabalhador, disponível na App Store e na Google Play.

Quando o saque será liberado?

Quem trabalhou em empresa privada e tem cota no PIS deve fazer o saque pela Caixa. Confira todas as datas: 19 de agosto: crédito em conta para clientes da Caixa 26 de agosto: cotistas com 60 anos ou mais e que não têm conta na Caixa 2 de setembro: cotistas com até 59 anos e que não têm conta na Caixa No caso dos servidores públicos que têm cota no Pasep, o pagamento é feito pelo Banco do Brasil. As datas de liberação são as seguintes:

  • 19 de agosto: crédito em conta para clientes do BB
  • 20 de agosto: cotistas que não têm conta no BB e possuem saldo de até R$ 5.000 (transferência pela internet ou nos caixas eletrônicos)
  • 22 de agosto: cotistas que não têm conta no BB e possuem saldo acima de R$ 5.000 (atendimento nas agências).

Como saber se tenho dinheiro no fundo PIS/Pasep?

Empregados de empresas privadas podem fazer a consulta nos seguintes canais:

  • Pelo site da Caixa. Precisa do CPF ou PIS/ NIS (Número de Identificação Social)/ NIT (Número de Identificação do Trabalhador) e da senha para internet
  • No aplicativo Caixa Trabalhador: clique em “Informações Cotas do PIS”, informe o seu CPF ou NIS, a data de nascimento e a senha para internet
  • No Autoatendimento (com Cartão Cidadão) ou no internet banking (na opção “serviços ao cidadão”), caso seja correntista da Caixa

Funcionários públicos podem fazer a consulta das seguintes formas:

  • No site do Banco do Brasil. Precisa informar número de inscrição no Pasep ou CPF e data de nascimento
  • Pelos telefones 4004-0001 (capitais) e 0800-729-0001 (demais localidades). Precisa informar número de inscrição no Pasep ou CPF e data de nascimento
  • A última opção é nas agências do Banco do Brasil, com documento de identidade que contenha RG, CPF e foto. Mas o BB recomenda tentar primeiro o atendimento online ou por telefone. Se for direto à agência, a pessoa corre o risco de perder a viagem, caso não haja saldo

Quem pode ter dinheiro na cota do PIS/Pasep?

De 1971 até 1988, as empresas e órgãos públicos depositavam dinheiro no fundo PIS/Pasep em nome de cada um dos seus funcionários e servidores contratados. Cada trabalhador, então, era dono de uma parte (cota) no fundo. Portanto, quem trabalhou antes de 4 de outubro de 1988 como contratado em uma empresa privada tem uma cota no PIS e quem atuou como servidor público tem uma cota do Pasep. Esses recursos não têm relação com o abono salarial do PIS/Pasep, que é pago anualmente a trabalhadores que recebem até dois salários mínimos por mês.

Crédito: UOL

Fonte: Jornal do Protesto

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Câmara de São Paulo: Audiência Pública discute Plano Municipal de Habitação (SP)

A audiência pública debateu ações do Projeto de Lei nº 619/2016, que prevê e determina diretrizes da política habitacional.

Nesta quinta-feira (22/08), a Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente  realizou audiência pública para debater o  PL (Projeto de Lei) 619/2016, de autoria do Executivo, que propõe a criação do Plano Municipal de Habitação. O projeto norteia ações, prevê metas e determina diretrizes da política habitacional na cidade pelos próximos 16 anos. E prioriza a construção de Habitações de Interesse Social, estabelecendo meios de financiamento.

A proposta original surgiu ainda na gestão de Fernando Haddad (2013-2016). A iniciativa ficou, porém, em aberto desde a aprovação do Plano Diretor Estratégico, em 2014. Debatido à época com movimentos populares, o texto se divide em três eixos.

Um deles, que trata do Serviço de Moradia Social, prevê o atendimento à demanda por moradia transitória, aquela decorrente de frentes de obras públicas e situações emergenciais.

O segundo eixo, chamado de Provisão de Moradia, determina a produção de novas unidades, em especial aquelas chamadas Habitações de Interesse Social, que são voltadas à população de baixa renda.

Por último, no capítulo da Intervenção Integrada em Assentamentos Precários, são definidos os territórios marcados pela precariedade habitacional como áreas prioritárias para a política habitacional.

Representantes e integrantes de movimentos habitacionais da capital lotaram o Salão Nobre da Câmara Municipal, reivindicando principalmente que as discussões sobre o Plano Municipal de Habitação avancem no Legislativo.

“O debate sobre a necessidade desse projeto vem desde a gestão Kassab. A gente sempre lutou para que a cidade de São Paulo tivesse um Plano Municipal de Habitação e, dessa forma, os vereadores pudessem utilizar como um instrumento para defender o direito à moradia”, disse Maksuel Costa, presidente do MSTI (Movimento Sem-Teto do Ipiranga).

Para o integrante do Conselho Municipal de Habitação, Miguel Gomes, que também coordena a Associação dos Trabalhadores Sem Terra da Zona Oeste – Residencial City Jaraguá, a aprovação do PL é a única forma de garantir recursos para obras de moradia. “Após o término do programa Minha Casa, Minha Vida, vimos que a prefeitura não tem um plano para atender a população de baixa renda. A cidade está completamente parada no quesito construção de moradia popular”, argumentou Gomes.

Para o coordenador da UNMP (União Nacional por Moradia Popular), Sidnei Pita, é preciso ter atenção especial a pessoas em situação de rua, parcela da população que já passa de 20 mil de pessoas. “É preciso ter um olhar diferenciado para os moradores de rua, que precisam de políticas públicas, assim como para quem mora em cortiços. A nossa defesa é que também não diminuam as zonas para unidades de interesse social, porque elas são fundamentais para resolver a demanda de moradia”, disse Pita.

Presente à audiência, o vereador José Police Neto (PSD) reforçou a importância de um plano desta natureza. No entanto, também defendeu que a proposta ofereça mecanismos de transparência. “Não faz sentido construir nenhuma unidade habitacional, sem antes saber qual a família que irá morar lá. É um entrave só pensar em quem vai receber a casa depois que terminar a obra, porque tivemos muitas invasões em unidades construídas nos últimos anos”, disse Police. Na avaliação do vereador, a transparência no projeto também contribuirá para amenizar as dúvidas da população que está à espera de moradia.

Segundo o secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Habitação, Eduardo Debrassi, devido ao atual cenário econômico do país e à falta de repasses do governo federal, é necessário que o Executivo municipal tenha um novo planejamento financeiro para executar as políticas de habitação.

“Todos os planos e convênios que tínhamos com o governo federal, inclusive contratos e licitações que somam R$ 1 bilhão, só em relação ao PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], por exemplo, não foram repassados. Estamos encaminhando a política habitacional da cidade exclusivamente com recursos municipais”, falou Debrassi.

Segundo o secretário-adjunto, diante da ausência de investimentos federais, a administração municipal passou a buscar novas fontes de financiamento, por meio de parcerias. “Teremos que debater com a cidade para repactuar todos os projetos e planos dentro da realidade orçamentária do município”, afirmou.

O vereador Fábio Riva (PSDB), líder do governo na Câmara Municipal e membro da comissão, disse que a situação econômica exigirá algumas alterações no texto do projeto, para o plano ter condições de ser executado. A prefeitura espera a aprovação do PL ainda no segundo semestre de 2019.

“A realidade em 2016, quando o projeto foi elaborado, era bem diferente de hoje. Temos que buscar novos modais, como PPP, locação social e lote urbanizado, por exemplo”, defendeu Riva. O vereador ainda reforçou a necessidade de participação popular nos próximos debates sobre o projeto de lei na Câmara.

Fonte: Câmara Municipal de São Paulo

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