TJ/SC: divulga resultado final do concurso de ingresso na atividade notarial e registral

O desembargador Torres Marques, presidente da Comissão do Concurso Público de Ingresso, por Provimento ou Remoção, na Atividade Notarial e de Registro do Estado de Santa Catarina, conduziu no dia (14/8) a sessão pública de proclamação e divulgação do resultado final do certame.

A relação final dos candidatos classificados pelo critério de provimento tem 289 nomes e a pelo critério de remoção, 43, observadas as vagas reservadas para portadores de deficiência, conforme determina a legislação.

O desembargador Torres Marques aproveitou a oportunidade para agradecer o trabalho realizado pelos membros da comissão do concurso, “os quais, mesmo cumulando suas funções, emprestaram seu tempo e conhecimento a esta Corte de Justiça, com dedicação e comprometimento, o que foi essencial para o sucesso do certame”.

Participaram da sessão o desembargador substituto Gerson Cherem II, os magistrados Carlos Roberto da Silva e Luis Francisco Delpizzo Miranda, a tabeliã Adelaide da Silva Jardim e o advogado Marcos Andrey de Souza, todos integrantes da comissão de concurso.

A relação completa dos classificados será disponibilizada na segunda-feira, dia 17 de agosto, no Diário da Justiça eletrônico e no site do Tribun/l de Justiça de Santa Catarina, aba Concurso – Notarial e Registral.

Fonte: TJ/SC | 14/08/2015.

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Comissão aprova proibir condomínio de criar restrição para cão-guia

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência aprovou, na quarta-feira (12), projeto que proíbe os condomínios de criar restrições à posse de cães-guias por moradores que sofram de deficiência visual (PL 3568/08).

A proposta, de autoria do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atual presidente da Câmara, foi aprovada na forma de um substitutivo, que englobou o PL 3444/12, do ex-deputado João Paulo Cunha (SP). A nova versão foi apresentada pela relatora na comissão, deputada Soraya Santos (PMDB-RJ).

“A relevância da adoção de medidas inclusivas para pessoas com deficiência deve ser objeto de constante preocupação do Estado e da sociedade”, disse a deputada.

O texto aprovado estende aos treinadores de cães-guias o direito de ingressar e permanecer com o animal em treinamento nos meios de transporte e ambientes de uso coletivo. O direito dos treinadores e dos cegos de transitar livremente com os animais em locais de uso público deve ser amplamente divulgado.

O projeto altera a Lei 11.126/05, conhecida como Lei do Cão-Guia.

Restrição
A versão aprovada pela comissão faz apenas uma restrição ao trânsito dos animais: em estabelecimentos de saúde. Segundo o texto, os cães não podem transitar nos setores de isolamento, quimioterapia, transplante, assistência a queimados, centro cirúrgico e central de material e esterilização, entre outros.

Essa restrição foi incluída no projeto em votação na Comissão de Seguridade Social e Família, e a deputada Soraya Santos decidiu manter a redação “diante da necessidade de garantir a saúde das pessoas”.

Tramitação
O projeto será analisado agora na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se aprovado, seguirá para o Plenário.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA: PL-3568/2008 e PL-3444/2012.

Fonte: Agência Câmara Notícias | 13/08/2015.

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PCA’S. CONCURSO DE CARTÓRIOS DO RS. IMPUGNAÇÃO DE ASPECTOS RELATIVOS À PROVA DE TÍTULOS E À APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTO HÁBIL À COMPROVAÇÃO DO EXERCÍCIO DO MAGISTÉRIO.

Autos: PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO – 0002472-76.2015.2.00.0000 Requerente: GUILHERME PINHO MACHADO

Requerido: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – TJRS 

EMENTA. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO DE PROVAS E TÍTULOS PARA OUTORGA DE DELEGAÇÕES EXTRAJUDICIAIS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. IMPUGNAÇÃO DE ASPECTOS RELATIVOS À PROVA DE TÍTULOS E À APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTO HÁBIL À COMPROVAÇÃO DO EXERCÍCIO DO MAGISTÉRIO.

  1. Possibilidade de comprovação do exercício do magistério, sem concurso público, por meio de Recibo de Pagamento Autônomo.
  2. Ampliação dos efeitos da liminar anteriormente concedida a todos os candidatos do concurso, de modo a evitar reiteração de pedidos, em homenagem ao princípio da
  3. Impossibilidade de aplicação da limitação de cumulação de títulos, referentes aos cursos de pós-graduação, prevista na Resolução CNJ 187/2014, aos concursos em andamento que já tenham realizado a prova objetiva. Precedente firmado no PP nº 0003207-80.2013.2.00.0000, deste E. CNJ.
  4. Presença do periculum in mora e fumus boni iuris, a justificar a concessão da medida de urgência.
  5. Determinação para que o Tribunal realize novamente a etapa do certame referente à prova de títulos, reabrindo prazo para a apresentação dos
  6. PEDIDO DE LIMINAR DEFERIDO E RATIFICADO PELO PLENÁRIO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA.

ACÓRDÃO 

O Conselho decidiu, por unanimidade, ratificar a liminar, nos termos do voto do Relator. Declarou impedimento a Conselheira Ana Maria. Presidiu o julgamento o Conselheiro Ricardo Lewandowski. Plenário, 4 de agosto de 2015. Presentes à sessão os Excelentíssimos Senhores Conselheiros Ricardo Lewandowski, Nancy Andrighi, Lelio Bentes Corrêa, Ana Maria Duarte Amarante Brito, Flavio Sirangelo, Deborah Ciocci, Saulo Casali Bahia, Rubens Curado Silveira, Luiza Cristina Frischeisen, Gilberto Martins, Paulo Teixeira, Gisela Gondin Ramos, Emmanoel Campelo e Fabiano Silveira.

1.   RELATÓRIO 

Trata-se de Procedimentos de Controle Administrativo formulados por candidatos inscritos no Concurso Público de Provas e Títulos para Outorga de Delegações Extrajudiciais do Estado do Rio Grande do Sul, em que impugnam aspectos relativos à prova de títulos do referido certame, a seguir expostos:

PCA 2472-76

No PCA 2472-76, o Requerente Guilherme Pinho Machado impugna o item 13.1, III, B, do Edital nº 01/2013 do concurso público de provas e títulos para a outorga de delegação de serviços notariais e registrais do Rio Grande do Sul. Alega que referido dispositivo, ao tratar da pontuação na prova de títulos, estaria a restringir a comprovação do exercício do magistério sem concurso público à apresentação da Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, não admitindo o Recibo de Pagamento Autônomo – RPA como meio de prova.

Pretende, liminarmente e no mérito, que o TJ/RS considere a apresentação do Recibo de Pagamento Autônomo – RPA como meio de prova idôneo do exercício da atividade de magistério.

O feito foi instaurado durante o período de vacância da cadeira destinada a Ministro do TST, e, assim, o pedido de concessão de medida liminar foi submetido ao exame do Conselheiro Flávio Sirangelo, em caráter de substituição, na forma do art. 24, I do RICNJ, que determinou a intimação do TJ/RS para que prestasse informações (Id nº 1717204).

O TJ/RS alegou, em síntese, que a matéria aqui suscitada, relativa à inteligência do item 13.1, III, “B”, do edital, foi objeto de impugnação formulada por outra candidata perante a Comissão do Concurso e que, na oportunidade, a impugnação foi rejeitada (Id nº 1720357).

Admite, no entanto, a hipótese de serem considerados os RPAs como forma de comprovação da atividade de magistério, mas adota, no caso concreto, o entendimento de que o requerente não fez a devida impugnação do edital no prazo estabelecido para tanto, sendo esta,  portanto, a razão pela qual não se poderia atender o pedido.

Diante das informações, o Conselheiro Flávio Sirangelo concedeu a medida liminar “para o fim de determinar ao TJRS que assegure ao requerente a possibilidade de apresentar à comissão de concurso, como meio hábil de comprovação do exercício de magistério superior na área jurídica com instituição de ensino sem concurso público, recibos da prestação de serviços autônomo (RPAs)” (Id nº 1720876).

PCA 2902-28

No PCA 2902-28, o requerente André Villaverde de Araújo impugna o Edital nº 009/2015 – CECPODNR, que alterou o Edital de abertura do concurso para inserir as disposições constantes da Resolução CNJ nº 187/2014, relativas à cumulação de títulos.

Requer, liminarmente, a suspensão dos seus efeitos e, no mérito, a sua cassação.

Alega que o Plenário do CNJ, no PP nº 0003207-80.2013.2.00.0000, que deu ensejo à edição da Resolução CNJ nº 187/2014, limitou a cumulação dos títulos referentes aos cursos de pós-graduação e modulou os efeitos da nova norma, de forma a aplicá-la apenas aos concursos que, mesmo com edital já publicado, ainda não realizaram qualquer prova.

Entende, assim, que as normas da Resolução CNJ nº 187/2014 não são aplicáveis ao presente concurso, na medida em que, quando do advento da Resolução, já haviam sido realizadas as provas objetiva (07/07/2013), escrita e prática (02/02/2014).

Ambos os feitos vieram-me conclusos para exame de possível prevenção, nos termos do art. 44, §5º do RICNJ (Id nº 1730214, do PCA 2902-28 e Id nº 1715320 do PCA 2472-76).

É o relatório. Decido. 

2. FUNDAMENTAÇÃO 

Inicialmente, em relação à prevenção suscitada, verifico que assim dispõe o art. 44, §5º do RICNJ (os grifos não são do original):

§ 5º Considera-se prevento, para todos os feitos supervenientes, o Conselheiro a quem for distribuído o primeiro requerimento pendente de decisão acerca do mesmo ato normativo, edital de concurso ou matéria, operando-se a distribuição por prevenção também no caso de sucessão do Conselheiro Relator original.

Considerando a prévia distribuição à minha relatoria do PCA 1656-94, em que também é impugnado aspecto relativo ao certame ora em exame, reconheço a prevenção suscitada.

Redistribuam-se os PCA´s de nºs 2902-28 e 2472-76. Apensem-se os autos do PCA nº 2472-76 aos do PCA nº 2902-28.

Passo ao exame de cada um dos feitos, no que tange às medidas de urgência.

PCA 2472-76

No que se refere ao PCA nº 2472-76, verifico que liminar foi deferida pelo Conselheiro Flavio Sirangelo, em regime de substituição, “para o fim de determinar ao TJRS que assegure ao requerente a possibilidade de apresentar à comissão de concurso, como meio hábil de comprovação do exercício de magistério superior na área jurídica com instituição de ensino sem concurso público, recibos da prestação de serviços autônomo (RPAs)” (Id nº 1720876).

Considerou-se, para a concessão da liminar, as decisões proferidas nos PCA´s de nºs 0001199-78.2014.2.00.0020 e 0001174-65.2014.2.00.0020, em que se reconheceu a possibilidade de comprovação da atividade de magistério, não só por meio de anotação da carteira de trabalho, mas também de recibos de Pagamento Autônomo – RPA.

De fato, como consignado pelo Conselheiro Flavio Sirângelo, em substituição regimental, o TJ/RS, ao limitar a comprovação da atividade de magistério em instituição de ensino superior sem concurso público à apresentação da CTPS, destoou da jurisprudência deste E. Conselho – circunstância suficiente a ensejar a concessão da medida liminar.

Nesse primeiro contato com os autos, no entanto, entendo que a liminar anteriormente concedida deve ser ampliada, a fim de estender seus efeitos aos demais candidatos do concurso.

Com efeito, assegurar apenas ao requerente a possibilidade de apresentar à comissão de concurso os Recibos de Pagamento Autônomo (RPAs), como meio hábil de comprovação do exercício de magistério superior com instituição de ensino sem concurso público, viola o princípio da isonomia, que rege os concursos públicos.

Ademais, a medida evita a reiteração do pedido em novos procedimentos de idêntico teor perante o CNJ, a causar mais atrasos no certame.

Nesta mesma linha, no PCA nº 0001199-78.2014.2.00.0020, que embasou a decisão liminar, determinou-se a alteração no edital que rege o certame para admitir a apresentação do RPA como documento hábil a comprovar o exercício de magistério superior na área jurídica com instituição de ensino, sem a prestação de concurso público. No PCA nº 0001174-65.2014.2.00.0020, a seu turno, de forma genérica, determinou-se fosse viabilizada a comprovação de atividade de magistério superior por meio de RPA.

PCA 2902-28

No PCA nº 2902-28, como relatado, pretende-se a concessão de medida liminar a fim de suspender o Edital nº 009/2015 – CECPODNR, que alterou o Edital de abertura do concurso para inserir as disposições constantes da Resolução CNJ nº 187/2014, relativas à cumulação de títulos.

Eis o teor do ato impugnado, no que importa (os grifos foram acrescidos):

EDITAL Nº 009/2015 – CECPODNR (Concurso Notarial e de Registros – 2013)

O Excelentíssimo Senhor Desembargador TASSO CAUBI SOARES DELABARY, Corregedor-Geral da Justiça, no uso de suas atribuições e na qualidade de Presidente da Comissão Examinadora de Concursos de Ingresso por Provimento e Remoção nos Serviços Notariais e Registrais do Estado do Rio Grande do Sul, considerando o disposto no item 13 e seus subitens do Edital nº 001/2013 CECPODNR, e o deliberado pela Comissão de Concurso, em reunião de 24.05.2015,

FAZ PÚBLICO, para conhecimento dos interessados que:

1. Para atendimento ao que estabelece a Resolução n. 81/2009-CNJ, com a redação dada pela Resolução n.187/2014-CNJ, o item 13.1 do Edital nº 001/2013 – CECPODNR, passa a ter a seguinte redação:

13.1 O exame de títulos valerá, no máximo, 10 (dez) pontos, com peso 2 (dois), observado o seguinte:

I- exercício da advocacia ou de delegação, cargo, emprego ou função pública privativa de Bacharel em Direito, por um mínimo de 3 (três) anos até a data da primeira publicação do Edital do concurso (2,0 pontos) – (documentos comprobatórios que deverão ser apresentados: advocacia: certidão da OAB + prova de exercício, ou seja, certidões de objeto e andamento de processos em que atuou, declaração do empregador ou documento similar que demonstre o exercício; – delegação: certidão da CorregedoriaGeral na qual constem o início de exercício, eventuais penalidades e a data final de exercício; – cargo, emprego ou função pública: certidão expedida pelo Setor de Recursos Humanos do Órgão em que atuou, em que constem a data em que iniciou, se sofreu penalidades e quais e data final);

II- exercício de serviço notarial ou de registro, por não bacharel em direito, por um mínimo de 10 (dez) anos até a data da publicação do primeiro Edital do concurso (art. 15, 2º, da Lei n. 8.935/1994) (2,0 pontos) – (documentos comprobatórios que deverão ser apresentados: cópia autenticada da carteira de trabalho e certidão expedida pelo titular da serventia);

III- exercício de Magistério Superior na área jurídica, pelo período mínimo de 5 (cinco) anos:

a) mediante admissão no corpo docente por concurso ou processo seletivo público de provas e/ou títulos (1,5 ponto) – (documento comprobatório que deverá ser apresentado: a) entidade públicas – boletim de nomeação ou termo de posse ou b) IES privadas – declaração da Instituição de Ensino, em que conste a data de início da atividade e a data final e, cópia autenticada da carteira de trabalho e declaração expressa de que a admissão se deu por concurso de provas e/ou títulos;

b) mediante admissão no corpo docente sem concurso ou processo seletivo público de provas e/ou títulos (1,0 ponto) – (documentos comprobatórios que deverão ser apresentados: declaração da Instituição de Ensino, em que conste a data de início da atividade e a data final e, cópia autenticada da carteira de trabalho).

IV- diplomas em Cursos de Pós-Graduação – (documento comprobatório que deverá ser apresentado: cópia autenticada do diploma registrado ou, se não, certidão comprobatória da obtenção do título):

a) doutorado reconhecido ou revalidado: em Direito ou em Ciências Sociais ou Humanas (2,0 pontos) – (documento comprobatório que deverá ser apresentado: cópia autenticada do diploma, inclusive verso, com o competente registro ou, se não, certidão comprobatória da obtenção do título);

b) mestrado reconhecido ou revalidado: em Direito ou em Ciências Sociais ou Humanas (1,0 ponto) – (documento comprobatório que deverá ser apresentado: cópia autenticada do diploma, inclusive verso, com o competente registro ou, se não, certidão comprobatória da obtenção do título);

c) especialização em Direito, na forma da legislação educacional em vigor, com carga horária mínima de trezentos e sessenta (360) horas- aula, cuja avaliação haja considerado monografia de final de curso (0,5 ponto) – (documento comprobatório que deverá ser apresentado: cópia autenticada do diploma, inclusive verso, com o competente registro ou, se não, certidão comprobatória da obtenção do título);

V- exercício, no mínimo durante 1 (um) ano, por ao menos 16 (dezesseis) horas mensais, das atribuições de conciliador voluntário em unidades judiciárias, ou na prestação de assistência jurídica voluntária (0,5 ponto ) – (documento comprobatório que deverá ser apresentado: declaração da unidade judiciária);

VI- período igual a 3 (três) eleições, contado uma só vez, de serviço prestado, em qualquer condição, à Justiça Eleitoral (0,5 ponto). Nas eleições com dois turnos, considerar-se-á um único período, ainda que haja prestação de serviços em ambos – (documento comprobatório que deverá ser apresentado: certidão da Justiça Eleitoral).

§ 1º As pontuações previstas nos itens I e II não poderão ser contadas de forma cumulativa.

§ 2º Será admitida a apresentação, por candidato, de no máximo dois títulos de doutorado, dois títulos de mestrado e dois títulos de especialização previstos no subitem IV.

§ 3º Os títulos somarão no máximo 10 (dez) pontos, desprezando-se a pontuação superior.

§ 4º A convocação para a apresentação de títulos se dará por publicação no DJE.

§ 5º O termo final para aquisição dos títulos é a data da primeira publicação deste edital. (Id n 1729807)

Entendo que estão presentes os requisitos do fumus boni iuris e periculum in mora, necessários à concessão da medida liminar.

Com efeito, a matéria referente à cumulação de títulos foi pacificada pelo Plenário do CNJ, quando do julgamento do PP nº 0003207-80.2013.2.00.0000.

Na oportunidade, editou-se a Resolução nº 187/2014, alterando-se a de nº 81/2009, a fim de se limitar a cumulação dos títulos referentes aos cursos de pós-graduação, modulando-se os efeitos da nova norma, de forma a fazê-la incidir apenas aos concursos que, mesmo com edital já publicado, ainda não tivessem realizado qualquer prova.

Consignou o Conselheiro Emmanoel Campelo, no voto condutor do precedente, que julgava parcialmente procedente o “Pedido de Providências, para modificar o texto da Resolução nº 81 do CNJ, na forma da minuta anexa, aplicando-se as regras alteradas aos concursos que, mesmo com edital já publicado, ainda não realizaram qualquer prova.”

Eis a ementa do julgado:

PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS. MODIFICAÇÃO DA RESOLUÇÃO Nº 81 DO CNJ. CONCURSO ATIVIDADE NOTARIAL E REGISTRAL. CUMULAÇÃO DE TÍTULOS.

I. A cumulação, sem limite, de cursos de pós-graduação para obtenção de pontos de títulos no concurso para delegação nas atividades notariais e registrais, podem ensejar distorção na disputa, com incorreta valorização de títulos que não promovem efetiva distinção intelectual do

II. Regra já constante da Resolução 75 do CNJ, impondo interpretação uniforme e adequada avaliação de títulos no concurso público.

III. Modificação da Resolução 81 e seu respectivo

(CNJ – PP – Pedido de Providências – Conselheiro – 0003207-80.2013.2.00.0000 – Rel. EMMANOEL CAMPELO – 182ª Sessão – j. 11/02/2014 ).

Extrai-se, daí, que a vedação à cumulação dos diplomas de pós-gradução, introduzida pela Resolução nº 187/2014, somente é aplicável aos certames que, à época da publicação da norma, não haviam realizado qualquer prova, conforme decidido no Pedido de Providências nº 0003207-80.2013.2.00.0000.

A esse respeito, assim já decidiu o Plenário do CNJ, em outras oportunidades (os grifos foram acrescidos):

RECURSO EM PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. CONCURSO PÚBLICO PARA OUTORGA DE DELEGAÇÕES DE SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS. RESOLUÇÃO CNJ 81. AVALIAÇÃO DE TÍTULOS. NOVAS REGRAS. RESOLUÇÃO CNJ 187. MODULAÇÃO DOS EFEITOS. SEGURANÇA JURÍDICA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.

1. Pretensão de desconstituição de decisão que anulou edital de concurso público divulgado para retificação do modo de avaliação de títulos em concurso para outorga de delegações de serventias extrajudiciais de notas e de

2.  A nova redação do artigo 8º da Resolução CNJ 81, bem como do item 7.1 da minuta do edital que a integra, somente é aplicável aos concursos em que ainda não foram realizadas quaisquer provas (PP 0003207-80.2013.2.00.0000).

3. Recurso a que se nega

(CNJ – RA – Recurso Administrativo em PCA – Procedimento de Controle Administrativo – 0002009-71.2014.2.00.0000 – Rel. SAULO CASALI BAHIA – 191ª Sessão – j. 16/06/2014 – grifei).

RECURSO ADMINISTRATIVO EM PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO. REGRA DE VALORAÇÃO E PONTUAÇÃO DOS TÍTULOS. NOTA DE CORTE NA PRIMEIRA PROVA OBJETIVA. IMPROVIMENTO.

1 – O Conselho Nacional de Justiça julgou, na 182ª Sessão Ordinária, realizada no dia 11 de fevereiro de 2014, no Pedido de Providências nº 3207-80.2013.2.00.0000, a questão da prova de títulos, decidindo modular os efeitos da nova regra, para que fossem aplicadas apenas aos concursos que não tivessem realizados as provas.

2- A Resolução nº 81/2009 não prevê nota de corte igual ou inferior a (5), mas que somente serão habilitados e convocados para a Prova Escrita e Prática os que alcançarem maior pontuação dentro da proporção de 8 (oito) candidatos por vaga em cada opção de inscrição, salvo em casos excepcionais em que há um grande número de vagas ofertadas, conforme precedentes PCA nº 0007303-41.2013.2.00.0000.

3- Os Tribunais devem observar estritamente o disposto na minuta de edital anexa à Resolução nº 81/2009. Precedentes

4- Recursos Improvidos.

(CNJ – RA – Recurso Administrativo em PCA – Procedimento de Controle Administrativo – 0006345-55.2013.2.00.0000 – Rel. GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA – 189ª Sessão – j. 20/05/2014 – grifei).

Nestes termos, verifico que, como alegado pelo requerente, a norma proibitiva da cumulação, introduzida pela Resolução nº 187/2014, não pode ser aplicada ao Concurso Público de Provas e Títulos para Outorga de Delegação de Serviços Notariais e Registrais do Estado do Rio Grande do Sul, visto que, quando da publicação da Resolução nº 187/2014 de 24/02/2014, já haviam sido realizadas a prova objetiva, escrita e prática, respectivamente, nos dias 07/07/2013[1][1][1] e 2/2/2014[2][2][2].

Verifica-se, portanto, que o TJ/RS, em contrariedade ao entendimento pacificado deste E. CNJ, estendeu indevidamente a disciplina consagrada na Resolução nº 187/2014 ao certame.

Resulta evidenciada, portanto, a presença do fumus boni iuris.

A presença do periculum in mora é evidente, na medida em que já decorrido o prazo para a apresentação dos títulos pelos candidatos, previsto no próprio edital ora impugnado.

Patente, portanto, o potencial prejuízo ao Requerente, com a manutenção dos efeitos do Edital nº 009/2015 – CECPODNR.

Para sanar o vício, a medida que causaria menor intervenção no certame, sem dúvida, seria determinar-se ao TJ/RS que, quando da avaliação dos títulos, realizasse a contagem cumulativa dos cursos de pós-graduação.

No entanto, verifico que a mera determinação no sentido de que o TJ/RS desconsidere a proibição da cumulação dos títulos no momento da sua pontuação poderá trazer prejuízos aos candidatos detentores de diversos títulos de pós-graduação, que, certos da impossibilidade de cumulação, à luz do Edital nº 09/2015, deixaram de apresentar todos os títulos que possuem.

Nestes termos, diante do esgotamento do prazo para a apresentação dos títulos, e, a fim de assegurar tratamento isonômico a todos os candidatos que participam do certame, entendo que a medida mais adequada, no presente momento, é determinar ao TJ/RS que realize novamente a etapa do certame referente à prova de títulos, reabrindo prazo para a apresentação dos títulos.

Ante o exposto, defiro o pedido de liminar no PCA 2902-28 e, forte no artigo 807 do CPC, estendo os efeitos da liminar já concedida no PCA 2472-76 aos demais candidatos, para o fim de determinar que o TJ/RS realize novamente a etapa do certame referente à prova de títulos, reabrindo o prazo para a apresentação dos títulos, nos seguintes moldes: a) assegure a todos os candidatos a possibilidade de apresentar à comissão de concurso, como meio hábil de comprovação do exercício de magistério superior na área jurídica com instituição de ensino, sem prestação de concurso público, Recibos de Pagamento Autônomo (RPAs); b) considere, quanto à cumulatividade de títulos, a redação original da Resolução CNJ nº 81/2009.

Intime-se.

Lelio Bentes Corrêa

Conselheiro relator

Fonte: DJ – CNJ | 14/08/2015.

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