VIVER INTENSAMENTE – POR AMILTON ALVARES

* Amilton Alvares

O homem e a mulher, de uma maneira geral, sempre estão enfrentando novos desafios ou pelo menos são pressionados em buscar aquilo que muitos consideram necessário  para assegurar o auferimento de novas emoções na vida. Por isso somos uma porta aberta para os muitos apelos de consumo. A caixa de e-mail está sempre congestionada com ofertas de afrodisíacos, esportes radicais, técnicas e drogas para emagrecimento, estimulantes, fórmulas milagrosas de enriquecimento, práticas para fortalecimento muscular e ofertas para ganhar um corpo de atleta ou a silhueta de modelos que povoam as capas de revistas. Quanta frustração muitos enfrentam, porque não conseguem atingir o alvo ou padrão que a “ditadura” de uma sociedade de consumo determina ou faz a gente acreditar que é necessário. Certamente a vida pode ser mais simples.

Podemos retomar a simplicidade, sobretudo em nossa vocação. Considere o pensamento de Jonathan Edwards: “Resolvi que farei tudo aquilo que seja para a maior glória de Deus e para o meu próprio bem, proveito e agrado, durante todo tempo de minha peregrinação, sem nunca levar em consideração o tempo que isso exigirá de mim, seja agora ou pela eternidade a fora. Resolvi que farei tudo o que sentir ser o meu dever e que traga benefícios para a humanidade em geral, não importando quantas ou quão grandes sejam as dificuldades que venha a enfrentar”. Façamos uma reflexão acerca do pensamento de Madre Teresa de Calcutá: “Eu descobri um paradoxo: se eu amar até doer, então não haverá dor, mas apenas mais amor”. E não deixe de levar em conta as palavras de Jesus de Nazaré: “Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância”.

Mahatma Gandhi foi honrado em palácios e solenidades internacionais, mas nunca deu as costas para a miséria e pobreza do seu povo; Gandhi sempre conseguia tocar as pessoas, ricas ou humildes, com uma palavra de esperança e um sorriso suave. Depois das aparições públicas e reuniões com grandes líderes mundiais, ele costumava retornar à roca, na sua casinhola, onde, à maneira dos hindus, sentava-se no chão e punha-se a fiar o algodão com que fazia suas próprias roupas. Muitas vezes o que mais precisamos fazer é sentar, descansar e observar. Simplificar! E se a inquietação insistir e continuar batendo na porta, vale a pena lembrar da oração de Jonas no ventre do grande peixe: “Quando a minha vida já se apagava, eu me lembrei de ti, Senhor, e a minha oração subiu a ti, ao teu santo templo” (Jonas 2:7). A vida pode ser mais simples e recheada de paz. Deus sempre vai tirar você do túnel escuro. E até tirar do túnel, Ele vai ficar com você lá. Todo homem e toda mulher podem viver intensamente no padrão ouro de Deus, onde tudo reluz diante da salvação de Jesus Cristo. No reino de Deus não se faz acepção de pessoas e você pode viver intensamente, em simplicidade, com a certeza de que em Jesus de Nazaré encontramos a razão de viver. Não importa o tempo de jornada. Quem chegar hoje na casa de Deus estará tão sarado quanto aquele que entrou na academia dos céus há vinte anos. Ninguém vai precisar sair levantando ferro sem limites até arrebentar os músculos.

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* O autor é Procurador da República aposentado, Oficial do 2º Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de São José dos Campos/SP, colaborador do Portal do Registro de Imóveis (www.PORTALdoRI.com.br) e colunista do Boletim Eletrônico, diário e gratuito, do Portal do RI.

Como citar este artigo: ALVARES, Amilton. VIVER INTENSAMENTE. Boletim Eletrônico do Portal do RI nº. 0184/2014, de 29/09/2014. Disponível em https://www.portaldori.com.br/2014/09/29/viver-intensamente-por-amilton-alvares/. Acesso em XX/XX/XX, às XX:XX.

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Eficácia no uso de técnicas de mediação e conciliação requer experimentação prática

Carolina Maciel afirmou que, em um processo de conciliação, é preciso mudar a forma de comunicação, permitindo que as partes foquem apenas no problema em evidência. 

Ao tratar das técnicas da mediação e conciliação durante curso promovido pelo Ipam na sede do Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo (CNB/SP), a professora Carolina Maciel Barbosa defendeu que o bom mediador deve assimilar as ferramentas de abordagem disponíveis, mas ponderou que apenas a experimentação prática definirá a maneira mais adequada para a aplicação dessas técnicas na solução dos conflitos.

“Para ser um bom mediador, além de ter talento, de ter uma personalidade apropriada para essa tarefa, é importante a técnica que a gente aprende com estudo, observação, supervisão e prática. Na verdade, é importante o mediador ter em mente que ele tem uma caixa de ferramentas com técnicas, mas ele não tem um manual de como usá-las”, explicou.

Na oportunidade, Carolina Maciel afirmou que, em um processo de conciliação, é preciso mudar a forma de comunicação, permitindo que as partes foquem apenas no problema em evidência. As técnicas aplicadas nesse processo, aponta, devem ter o poder de transformar as relações. Para isso, considera, o conciliador deve observar com atenção os contextos a fim de decidir quais as técnicas mais apropriadas.

Nesse sentido, a professora citou a pesquisadora argentina Marinés Soares, defendendo que “não é útil um catálogo de técnicas porque estas vão sempre depender do sistema complexo e total em que são aplicadas”. Carolina Maciel ainda explicitou algumas ferramentas que podem ser utilizadas nos processos de conciliação e mediação. Dentre as alternativas mencionadas, estão a recontextualização, a legitimação, a escuta ativa e o espelhamento.

A técnica da recontextualização, informa a professora, enquadra o problema em outro marco que pode ser mais abrangente, menos abrangente ou simplesmente diferente, de acordo com as circunstâncias. Já a técnica da legitimação, também chamada de técnica do afago, está relacionada a uma conotação positiva das posições das partes, reconhecendo-as como legítimas. “Essa técnica ajuda as partes a mudarem de posição dentro das histórias que trazem, tirando-as de lugares de vitimização ou tirania”, salientou Carolina Maciel.

Outra técnica fundamental utilizada pelos mediadores e conciliadores é a escuta ativa. “O mediador usa essa técnica e convida as partes a usarem também”, afirma a professora, explicando que essa ferramenta consiste na escuta com todos os sentidos, verbais e não verbais. O mediador, ressalta, deve ouvir e interpretar com os elementos que o outro está trazendo, além de registrar o que está sendo dito com a anotação de palavras chaves e de demonstrar que ouviu e compreendeu o que foi dito. 

Em relação à técnica de espelhamento ou reconhecimento, Carolina Maciel atentou para a importância de que o mediador e o conciliador busquem se colocar no lugar do outro a partir de elementos das narrativas das partes e de perguntas abertas, tanto circulares quanto reflexivas.

Carolina Maciel ainda destacou que, durante a mediação, é possível deixar que as partes manifestem suas emoções, mas ressalvou cuidado para não tocar em questões psicológicas que exijam um especialista. Conforme a professora, é importante que o mediador tente sempre agir com transparência e demonstrar atenção para não quebrar a relação de confiança com as partes.

Fonte: CNB/SP I 18/09/2013.

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