Usucapião nos cartórios extrajudiciais agiliza regularização de imóveis.

Tabelião de Água Branca, no Sertão de AL, conta que procedimento evita a judicialização e facilita a vida de moradores das zonas urbana e rural.

Você sabia que é possível solicitar o reconhecimento de usucapião por meio das serventias extrajudiciais? Em Alagoas, uma das unidades que já realiza o procedimento é o Cartório Notarial e Registral de Água Branca, no Alto Sertão, de responsabilidade  do tabelião interino Juarez Freire dos Santos Júnior, que começou a concluir os pedidos de usucapião extrajudicial em 2021.

“O primeiro procedimento demorou por volta de seis meses, até para poder deixar ajustado e sem pontas soltas, para certificar que não ocorressem problemas futuros, embora não seja um direito pleno, porque pode ser contestado a qualquer momento. No entanto, é preciso fazer de forma que traga segurança jurídica”, contou Juarez Freire.

O procedimento foi autorizado pela Lei nº 13.105/2015, para admitir, sem prejuízo da via jurisdicional, que o cartório de registro de imóveis da comarca em que estiver localizada a propriedade, proceda aos atos necessários para o reconhecimento da aquisição de propriedade através da usucapião. A Lei determina que o requerimento do interessado deve estar subscrito por advogado.

O tabelião disse que, no caso analisado, foram protocolados requerimentos de moradores das zonas urbana e rural da cidade de Pariconha, que pertence à comarca de Água Branca. Ele cita, por exemplo, cidadãos que precisam registrar e regularizar o terreno ou o imóvel para usufruir de alguns benefícios governamentais.

“Nós procuramos sempre auxiliar, vamos ao local, ajudamos quando há alguma dúvida, dificuldade ou burocracia que o serviço requer. Trabalhamos junto ao jurisdicionado e ao advogado para que o ato seja concluído com celeridade e segurança”, completa Juarez Freire.

Para o pedido de usucapião ser admitido, é necessária a elaboração  de uma ata notarial lavrada pelo tabelião, atestando o tempo de posse do requerente e seus antecessores, acompanhada de documentação descrita no artigo 216-A da Lei de Registros Públicos, para comprovar a posse contínua e ininterrupta do imóvel, a exemplo do pagamento de taxas e impostos.

O Corregedor-Geral da Justiça de Alagoas, Des. Domingos de Araújo Lima Neto, destaca que a possibilidade de usucapião pela via extrajudicial é uma medida que desburocratiza a vida da comunidade, assim como é uma importante ferramenta administrativa para regularização de imóveis, essencial na garantia de direitos.

“A usucapião extrajudicial é, em regra, mais rápida, mais barata e consegue um resultado mais efetivo para aqueles que precisam, evitando as dificuldades normais do trâmite de um processo judicial. O uso desse instrumento é benéfico, posto que diminui as demandas propostas perante as varas judiciais e os cartórios atuam como auxiliares do Poder Judiciário”, reforça o Corregedor-Geral.

Em 2017, a Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) ainda publicou o Provimento nº 65, que estabeleceu diretrizes detalhadas para o procedimento. Vale destacar que, para a propriedade ser usucapida de maneira administrativa, não se pode tratar de imóveis públicos, em disputa judicial, ou com divergência de área com vizinhos.

A desjudicialização, através dos procedimentos extrajudiciais, tem sido uma das metas do Poder Judiciário alagoano, por oportunizar que demandas sejam solucionadas nos próprios cartórios, o que beneficia diretamente todas as partes envolvidas, em especial a sociedade, trazendo celeridade aos atos e segurança jurídica.

Fonte: Poder Judiciário de Alagoas.

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Conciliação e mediação nos cartórios é pauta de reunião entre Anoreg-MT e OAB-MT.

Na manhã desta terça-feira (7 de fevereiro), a presidente da Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso (Anoreg-MT), Velenice Dias de Almeida, e sua assessora, Daniele Moura, participaram de reunião com as advogadas da Comissão Especial de Conciliação, Mediação e Arbitragem da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso (OAB-MT) Ariadne Simões e Fabíola Sampaio.

A pauta versou sobre a ampliação da advocacia em utilizar os serviços dos cartórios relacionados à conciliação e mediação, procedimento mais célere e menos burocrático se comparado ao trâmite de um processo judicial.

“Os cartórios, desde 2018, oferecem o serviço de mediação e conciliação, atividade antes exclusiva do Judiciário. Com isso, muitos conflitos têm sido resolvidos sem a intervenção de um juiz, situação em que as partes ficam mais à vontade para chegarem a um consenso, e os resultados têm sido muito satisfatórios”, explicou Velenice Dias.

A presidente da Anoreg-MT acrescentou que a parceria com a OAB-MT é bem vinda e que, em breve, fará uma reunião com todos os cartórios a fim de divulgar ainda mais a prestação desse serviço. A autorização para que os cartórios façam sessões de mediação e conciliação foi dada pelo Conselho Nacional de Justiça, por meio do Provimento 67/2018.

Fonte: Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso.

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Anoreg-MT se reúne com Intermat para debater a regularização fundiária no Estado.

A presidente e o assessor jurídico da Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso (Anoreg-MT), Velenice Dias de Almeida e Raoni Teixeira, respectivamente, estiveram na sede do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) para tratarem de temas relevantes para a sociedade e o fortalecimento da relação entre as instituições.

O encontro ocorreu com o presidente do órgão, Francisco Serafim de Barros, e assessores. Durante a reunião, diversos pontos importantes foram debatidos como, por exemplo, o que a Anoreg-MT, os cartórios e o próprio Intermat podem fazer para melhorar os processos e os procedimentos que envolvem a regularização fundiária no Estado.

“Avaliamos que a reunião foi produtiva, pois estamos estreitando ainda mais nosso relacionamento e pensando, conjuntamente, em ações que ambos podem adotar para reduzir os problemas de regularização fundiária em Mato Grosso. Já avançamos muito nesse tema e agendamos nova reunião para debater a implantação de possíveis projetos”, informou Velenice Dias.

Fonte:  Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso.

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