TJDFT autoriza descarte de embriões de fertilização in vitro após divórcio

Em decisão unânime, a 5ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – TJDFT autorizou o descarte de embriões que sobraram no processo de fertilização in vitro, após o divórcio do casal. O entendimento é de que “a vontade procriacional pode ser alterada-revogada de maneira legítima e válida até a implantação do embrião criopreservado”.

Conforme consta nos autos, os autores realizaram o procedimento de fertilização in vitro enquanto eram casados. Na ocasião, foi firmado um termo para que, em caso de divórcio, os embriões pertencessem à esposa.

Após a separação, o homem ajuizou ação pelo descarte dos embriões excedentários – pedido que foi julgado procedente em primeira instância. A ex-esposa recorreu sob o argumento de que a manifestação da vontade não pode ser revogada.

No TJDFT, a desembargadora relatora lembrou que na época do procedimento, havia uma resolução do Conselho Federal de Medicina – CFM que obrigava as clínicas de fertilização, no caso de criopreservação dos embriões, a colher a vontade dos genitores quanto à destinação dos embriões no caso de divórcio. Segundo ela, a manifestação de vontade do então marido “constituiu, na realidade, uma imposição do CFM para a realização do procedimento, o que retira qualquer voluntariedade quanto ao consentimento expressado”.

A relatora também destacou que, conforme a Constituição Federal, é uma decisão do casal ter filhos ou não, sendo vedada qualquer ação coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas”. No caso dos casais que optam pela fertilização in vitro, um dos cônjuges ou ex-cônjuges pode alterar ou revogar a vontade com relação ao embrião criopreservado.

“Ante os princípios da paternidade responsável e da autodeterminação, um ou ambos os cônjuges, durante o casamento, ou os ex-cônjuges que se valeram da fertilização in vitro homóloga, podem, no livre exercício daqueles princípios, individual ou conjuntamente, decidirem não mais seguir adiante com o projeto parental antes iniciado, o que enseja o descarte dos embriões criopreservados. Em outras palavras, a vontade procriacional pode ser alterada-revogada de maneira legítima e válida até a implantação do embrião criopreservado, haja vista que a paternidade, sempre responsável, deve ser um ato voluntário e fruto do exercício da autodeterminação de cada pessoa, e não algo imposto”, pontuou a magistrada.

Ao decidir, a desembargadora frisou que não há impedimento legal “no sentido de serem descartados embriões excedentários decorrentes de fertilização in vitro”. A Lei de Biossegurança, segundo ela, permite “a pesquisa científica com embriões desde que autorizada pelos genitores, de maneira que a manipulação e posterior descarte do material estão permitidos quando observadas as normas legais, sem que isso enseje violação ao direito à vida”.

O processo está em segredo de justiça.

Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM.

Publicação: Portal do RI (Registro de Imóveis) | O Portal das informações notariais, registrais e imobiliárias.

Para acompanhar as notícias do Portal do RI, siga-nos no twitter, curta a nossa página no facebook e/ou assine nosso boletim eletrônico (newsletter), diário e gratuito.


Nota Informativa destaca irregularidade de imóveis rurais no Brasil

Documento publicado pelo Ministério da Economia aponta que “há uma forte ocorrência de irregularidades no registro de imóveis rurais no Brasil”.

Em Nota Informativa intitulada “O Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais – Fiagro”, publicada ontem, 20/01/2022, pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, o Governo do Brasil, ressaltou a importância da agropecuária brasileira, destacando ser esta uma das atividades que mais cresce no Brasil e que o crédito rural configura-se como ferramenta indispensável à elevação da produção agropecuária no país. Para o Governo, o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) teve papel fundamental na evolução da agropecuária brasileira, mas sua evolução é necessária, sendo os FIAGRO “uma inovação que contribui para o desenvolvimento financeiro do Brasil, e devem produzir efeitos importantes sobre o mercado de terras rurais, bem como sobre a disponibilidade de crédito ao agronegócio.”

Leia a íntegra da Nota Informativa.

Fonte: ANOREG/BR.

Publicação: Portal do RI (Registro de Imóveis) | O Portal das informações notariais, registrais e imobiliárias.

Para acompanhar as notícias do Portal do RI, siga-nos no twitter, curta a nossa página no facebook e/ou assine nosso boletim eletrônico (newsletter), diário e gratuito.


CORI-MG divulga nota técnica sobre a MP nº 1.085/2021

Para complementar o debate, Colégio realizou duas lives para detalhar as alterações geradas

Diante da publicação da Medida Provisória nº 1.085, em 27 de dezembro de 2021, a diretoria do CORI-MG analisou o texto em detalhes para produzir um material orientativo para seus associados. A Nota Técnica nº 01/2022, lançada em 18 de janeiro, detalha questões relativas aos prazos e procedimentos a serem seguidos pelos cartórios de Registro de Imóveis de todo o país, alinhando o entendimento em Minas Gerais de acordo com o Código de Normas do estado.

Além disso, para debater os impactos da MP no dia a dia das serventias, o Colégio promoveu duas transmissões ao vivo pelo YouTube, nos dias 18 e 19 de janeiro. O bate-papo encontra-se disponível na íntegra para quem deseja se aprofundar no assunto – acesse as partes 1 e 2.

Veja nota técnica nº 01/2022.

Fonte: ANOREG/BR.

Publicação: Portal do RI (Registro de Imóveis) | O Portal das informações notariais, registrais e imobiliárias.

Para acompanhar as notícias do Portal do RI, siga-nos no twitter, curta a nossa página no facebook e/ou assine nosso boletim eletrônico (newsletter), diário e gratuito.